É com a língua que encontramos o lugar secreto número um. Trata-se de quatro pequenos pontos, dois dos quais nos lados internos das bochechas, junto à fila de dentes superior, mesmo no meio. Os outros dois pontos estão situados debaixo da língua, à direita e a esquerdado freio lingual. E destes quatro pontinhos que sai a saliva. Por estes dois últimos pontos chegaríamos às grandes glândulas salivares onde se produz a maior parte da saliva, entre sete decilitros a um litro por dia.
Uma vez que os pontos de salivação permanente estão apontados para a parte de trás dos nossos incisivos inferiores, é aí que se acumula o tártaro com maior rapidez. A saliva contém substâncias ricas em cálcio, que na verdade tem só como missão endurecer o esmalte. No entanto se o dente é continuamente atingido pela saliva, o que é bom pode ser demais. As pequenas moléculas, que inocentemente circulam nas imediações ficam em pouco tempo simplesmente empedernidas. O problema não é o tártaro propriamente dito, mas sim o facto de ser tão áspero. As bactérias da cárie ou da periodontite fixam-se muito melhor em superfícies ásperas do que no esmalte dentário liso.
A saliva contém um analgésico muito mais forte que a morfina. É denominado opiorfina e só foi descoberto em 2006. A saliva não nos quer drogar, pelo que naturalmente só produzimos opiorfina em pequenas quantidades. Mas mesmo essas pequenas quantidades produzem o seu efeito tendo em conta a extrema sensibilidade da nossa boca. Nenhum outro lugar do corpo tem tantas terminações nervosas como a boca. Se o analgésico próprio da nossa saliva, a coisa poderia ser bem pior! É por libertarmos um carregamento adicional dessa substância, durante a mastigação que a dor de garganta diminui depois de comermos. Atualmente há estudos que demonstram que a opiorfina possui propriedades antidepressivas. Será por isso que algumas pessoas comem mais quando estão deprimidas?
Durante o sono, pouca ou nenhuma saliva produzimos o que é óptimo para quem se baba na almofada. Esta pouca salivação pode justificar algum mau há lito em algumas pessoas e uma via aberta para os micróbios da boca. Por este motivo lavar os dentes antes e depois de dormir é um bom hábito. Quem durante o dia também sofre de mau hálito, é porque talvez não conseguiu eliminar suficientes bactérias resmungonas.
O segundo lugar secreto é a raiz da língua. É um sítio repleto de cúpulas cor-de-rosa. A tarefa dessas cúpulas é examinar tudo o que engolimos, agarrando pequenas partículas de comida, bebida ou ar e arrastando-as para o seu interior. Lá dentro há um exército de células imunitárias, à espera de ser treinado com substâncias estranhas provenientes do mundo exterior. Toda esta área pertence ao tecido mais curioso do nosso corpo: o tecido imunitário. Na verdade toda a garganta é percorrida por um anel de tecido imunitário, conhecido por anel linfático de Waldeyer. Quem acha que já não tem amígdalas está completamente enganado porque todas as partes do anel de linfático de Waldeyer contam como amígdalas.
Até ao sétimo ano de vida, as amígdalas são ainda um importante centro de formação. A formação do nosso sistema imunitário não é apenas importante no combate contra constipações, também desempenham um papel relevante no que diz respeito ao nosso peso e à saúde do coração. As pessoas a quem as amígdalas foram retiradas antes dos sete anos de idade têm, por exemplo, risco de vir a ter excesso de peso. Os médicos ainda não sabem porque isso acontece, mas o certo é que a relação entre o peso e o sistema imunitário é cada vez mais tema de estudos.
Resumo retirado da da obra “A vida secreta dos intestinos” de Giulia Enders, adaptado por Centro de Ozonoterapia, para um melhor entendimento sobre o funcionamento do aparelho digestivo, em particular dos intestinos, e a importância que lhe deve ser dada, para melhorar a nossa saúde e por consequência a nossa qualidade de vida. No Centro de Ozonoterapia, em Lisboa, realizamos tratamentos integrados de hidrocolonterapia (hidroterapia do colon), com ozonoterapia, para limpeza do intestino.
Maria de Lurdes, 73 anos, Lisboa (ÚLCERA, DERMATITE)
Anónimo, 46 anos, Almada (HEPATITE C)
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