Celulite
Dado que a celulite é uma patologia cronica do tecido conjuntivo e este é um sistema biológico complexo com importantes funções, vale a pena recordar as suas características histológicas e fisiológicas.
O tecido conjuntivo é um tecido que, situado entre a pele e os tecidos mais profundos, forma uma rede de malha elástica que separa, envolve os músculos, os nervos e as vísceras, além de constituir o tecido subcutâneo no qual se acumula a gordura.
Existe em células como: fibroblastos, adipócitos, células imunitárias e material extracelular.
A Matriz extracelular é um gel semissólido formado por uma substancia fundamental, um material amorfo e transparente e o líquido intersticial que atua como elemento de transporte.
Entre as ações específicas da matriz cabe destacar a regulação hormonal, os mecanismos de defesa, incluindo a inflamação, a nutrição celular e a manutenção da hemóstase, garantindo o meio ambiente que as células necessitam para viver e regular o intercâmbio de nutrientes, metabolitos e produtos de excreção entre os tecidos e o sistema circulatório.
Etiopatogenia
Existem mais de dez explicações diferentes para a celulite. A mais aceite é a hidrolipodistrofia ou paniculopátia edemato fibro esclerótica (PEPE). Esta diversidade na terminologia usada indica que a celulite não é só uma doença estética, mas sim uma patologia crónica e um dos principais problemas que afetam a mulher ao longo da sua vida, estima-se que afete cerca de 85% a 98% das mulheres depois da puberdade.
A celulite é comumente conhecida como o acumular de tecido adiposo em determinadas zonas do corpo, formando nódulos adiposos de gordura, água e toxinas.
A etiologia multifatorial: transtornos circulatórios, desequilíbrios hormonais, fatores hereditários, stress psico-emocional, vida sedentária, posturas inadequadas, erros alimentares (dieta acidificante), obstipação crónica, abuso de fármacos, hábitos tabágicos, etc, podem induzir a uma acumulação de toxinas no tecido conjuntivo e provocar uma modificação na composição da estrutura deste tecido, com a aparição da denominada celulite.
A patogenia da celulite compreende quatro estádios evolutivos:
- Estádio Edematoso:
A alteração microcirculatória origina estase venosa responsável pelo aumento da permeabilidade capilar, que conduz à saída de líquido e proteínas de alto peso molecular para o espaço intersticial, o que acarreta uma sobre carga linfática e instalação do edema. - Edema:
Fase caracterizada pelo sofrimento dos adipócitos e dos vasos.
Produz-se uma sobrecarga de gordura localizada, porque o défice de microcirculação venosa e linfática provoca o acumular de triglicéridos no local e conduz à hipertrofia dos adipócitos.
Os vasos sanguíneos e linfáticos encontram-se comprimidos e congestionados, o que impede uma boa drenagem das toxinas e da substancia fundamental que torna-se uma zona apertada á qual confluem e se acumulam os produtos tóxicos do metabolismo celular alterado.
Este acumular de toxinas na substancia fundamental provoca que a matriz extracelular de um estado de gel semissólido a um estado solido característico da fase inflamatória. - Fibrose:
Carateriza-se pela organização do edema e da fibrose.
As fibras de colagénio, ao aumentar o seu número e a sua consistência, “estrangulam” as células adiposas e fixam-se à aponevrose profunda e à pele superficial. As fibras de elastina rompem-se.
Nesta fase a matriz extracelular torna-se fibrosa, estado característico da fase de decomposição e degeneração do tecido subcutâneo. - Esclerose:
Formação de micro e macronódulos. Observam-se fenómenos de herniação do tecido gordo celular subcutâneo até à superfície cutânea, entre fibras de colagénio engrossadas.
As terminações nervosas bloqueadas começam a enviar mensagem dolorosas.
Microscopicamente observamos uma pele com aspeto acolchoado e edematoso à qual denominamos “pele casca de laranja”.
Como a Ozonoterapia pode ajudar no tratamento da Celulite?
A ozonoterapia apresenta-se como uma abordagem eficaz no tratamento da celulite, uma patologia crónica do tecido conjuntivo que afeta uma grande percentagem de mulheres. Este método inovador trabalha melhorando a circulação sanguínea e a oxigenação dos tecidos, fatores cruciais na luta contra a celulite. O tratamento com ozono pode ajudar a reduzir a estase venosa e a insuficiência de drenagem linfática, promovendo a eliminação de toxinas acumuladas no tecido conjuntivo. Além disso, a ozonoterapia estimula a regeneração celular e melhora a qualidade da matriz extracelular, combatendo os estádios evolutivos da celulite, desde o edema até à fibrose e esclerose. Ao atuar diretamente sobre as causas multifatoriais da celulite, a ozonoterapia pode diminuir significativamente a aparência de "pele casca de laranja", proporcionando uma pele mais lisa e firme.
Qual é o regime de tratamento recomendado para a Celulite com Ozonoterapia?
Para combater a celulite através da ozonoterapia, recomenda-se um regime de 12 sessões de Auto-Hemoterapia Maior, complementadas, conforme a necessidade do utente, com injeções locais de ozono diretamente nas áreas afetadas. Este tratamento intensivo visa melhorar a microcirculação e a drenagem linfática, reduzir o edema e promover a dissolução dos nódulos de gordura, contribuindo assim para uma melhora visível da textura da pele. As sessões são geralmente distribuídas ao longo de várias semanas, com frequência e duração ajustadas de acordo com a resposta do paciente e a gravidade da celulite.
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TESTEMUNHOS
Maria Edna Breitenstein, 88 anos, Grândola (ISQUEMIA CRÍTICA DO MEMBRO INFERIOR DIREITO)
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