Ozone a new Medical Drug

“Ozone a new Medical Drug” obra fundamental para entender os benefícios clínicos do ozono.

Livro Ozone a New Medical Drug

Ozone: A New Medical Drug

Velio Bocci

vellio bocci

Capítulo 1

Propriedades Físico-Químicas do Ozono Produção Natural de Ozono: A Toxicologia do Ozono

O ozono (O₃) é uma molécula composta por três átomos de Oxigénio. É um dos oxidantes mais potentes da natureza. No seu estado natural, o ozono (O₃) é um gás que protege o planeta dos raios ultravioleta (camada de ozono). Pode também formar-se após tempestades, em grandes altitudes ou junto do mar, sendo perceptível pelo seu odor característico e intenso. Certamente a toxicidade de ozono ao nível da rua quando inalado, sobretudo após tempestades, ou quando produzido pela poluição atmosférica da queima dos produtos fosseis,tem contribuído para apoiar o dogma que o ozono é sempre tóxico e, por essa razão, a pessoa menos informada pode questionar-se se o ozono pode ser utilizado como um agente terapêutico.

O ozono é uma molécula natural, altamente reactiva, gasosa, produzidoa partir do oxigénio O2, por uma descarga eléctrica e/ou radiação UV. O ozono pode ser protector ou agressivo, dependendo da sua concentração e localização. O ozono nunca deve ser inalado porque o fluido de revestimento pulmonar tem, em comparação com o sangue, uma capacidade protectora muito reduzida. Hoje em dia, o uso do ozono para aplicações industriais e na desinfecção da água, é consensual quanto aos benefícios da sua utilização, enquanto que, o seu uso na área clínica é ainda controverso porque os cientistas e os clínicos continuam cépticos e não querem aprender e compreender a utilidade de ozono.

Capítulo 2

Como é produzido o Ozono Clinico e como são medidas as respectivas concentrações

Devido à instabilidade do ozono (gás), deve ser imediatamente administrado após ser produzido no gerador de ozono clinico.Um bom ozonoterapeuta, com um gerador de qualidade pouco confiável, compromete a eficácia do(s) tratamento(s). Estes geradores requerem verificações regulares, para assegurar a concentração de ozono adequada para cada tratamento.

O Ozono clinico deve ser produzidode forma a que permita medir com precisão, através dum fotómetro, a respetiva concentração (1-100 mcg/ml).

A dose total de ozono a administrar é equivalente ao volume de gás (ml) multiplicado pela concentração (mcg/ml). O ozonoterapeuta deve conhecer as doses e concentrações adequadas para as diferentes patologias (mais detalhe no Cap 9).

Capítulo 3

Preparação de água e azeite ozonizado para tratamentos tópicos

Ozono como desinfetante de água potável

Desinfecção com Ozono para prevenir infeções Hospitalares

A ozonização de água , azeites e óleos vegetais, é feita por borbulhamento da mistura gasosa (O2-O3) durante 5 min ou até 2 dias. O ar não deve ser utilizado porque pode levar à geração de compostos tóxicos. A concentração de ozono em água pura, devido ao ozono solubilizado, corresponde a 25% da concentração de ozono utilizado, o que é mais do que suficiente para uma eficaz desinfecção. Um grama de óleo pode conter até 160 mg de ozono.

Enquanto a água ozonizada permanece eficaz durante 1-2 dias, o creme ozonizado permanece estável durante 2 anos, quando é mantido em local refrigerado. Ambos são potentes desinfetantes para melhorar a cicatrização, estimulando a proliferação celular. Tanto água como creme ozonizado, vão-se tornar componentes indispensáveis na cura de feridas crónicas.

Prevejo que a aplicação de creme ozonizado, um remédio simples e barato, vai-se tornar muito mais útil do que cremes farmacêuticos caros e vai contribuir para uma revolução para o tratamento tópico de feridas.

A eficácia de ozono na desinfecção de água potável, está atestada pela utilização em mais de 3.000 estações de tratamento de água municipais em todo o mundo.

Durante a última década, as infecções hospitalares têm-se tornado comuns porque a resistência aos antibióticos tem aumentado a um ponto onde não é eficaz para algumas doenças. Esta é uma história complexa, em parte devido ao uso extensivo de antibióticos em alimentos de origem animal e ao uso indevido em pacientes. O resultado é dramático porque quase todos os meses, ouvimos falar de uma série de mortes devido a infecções incontroláveis em hospitais após as operações mais ou menos complexas e em unidades de cuidados intensivos. Vários milhares de mortes poderiam ser evitadas todos os anos se pudéssemos eliminar as bactérias resistentes.

Capítulo 4

Como atua o ozono? Como e porquê podemos evitar a toxicidade do ozono?

O que acontece quando o sangue humano é exposto a uma dose terapêutica de mistura de oxigénio e ozono? Ambos os gases se dissolvem na água do plasma dependendo da sua solubilidade, pressão e temperatura. Enquanto o oxigénio prontamente equilibra entre a fase gasosa e eritrócitos, o mais solúvel ozono (10x), não pode equilibrar porque reage com as biomoléculas (gorduras polinsaturadas ácidas “PUFA”, antioxidantes) presentes no plasma.

O aumento repentino da concentração de peróxido de hidrogéniono plasma, gera um gradiente que faz com que a sua transferência seja rápida em células do sangue, onde, em poucos segundos, ativa diversos processos bioquímicos.

Este passo crítico corresponde a uma velocidade controlada do stress oxidativo necessário para a activação biológica, sem toxicidade coexistente, desde que a dose de ozono seja compatível com a capacidade antioxidante do sangue.

Deve ser enfatizado que o SANGUE EXPOSTO AO OZONO SOFRE UM STRESSE OXIDATIVO TRANSITÓRIO absolutamente necessário para ativar funções biológicas, sem efeitos prejudiciais. Este stresse deve ser adequado para ativar mecanismos fisiológicos, mas não excessivo para sobrecarregar o sistema antioxidante intracelular e causar danos. Assim, uma dose excessiva de ozono (> 160 mcg / ml de gás por ml de sangue) ou incompetência na manipulação deste gás, pode ser prejudicial. Por outro lado, doses muito baixas de ozono (abaixo do limiar), são totalmente neutralizados pela presença dos antioxidantes do plasma e só pode produzir um efeito de placebo.

O conceito de que a Ozonoterapia gera stresse oxidativo agudo, causa algum incómodo aos adversários desta abordagem porque o consideram como um dano infligido aos pacientes, possivelmente já no âmbito de um stresse oxidativo crónico. NÃO ACREDITAM QUE A OZONOTERAPIA INDUZ UMA RESPOSTA TERAPÊUTICA MULTIVARIADA, já bem documentada em algumas doenças.

(dada a natureza técnica deste capítulo, é recomendável a leitura integral do original)

Capítulo 5

Como é administrado o Ozono?

O leitor vai-se surpreender com a variedade de vias de administração de ozono. Apesar da sua toxicidade intrínseca, se for usado em doses judiciosas, o ozono é um fármaco versátil, que pode ser surpreendentemente útil em várias doenças. Mesmo as infecções locais ou neoplasias na zona oral-nasal-faríngea podem ser tratadas, desde que o paciente possa estar em apneia durante cerca de 40 segundos ou que tenha sido entubado.

Em relação à administração subcutânea, os Ozonoterapeutas que tratam lipodistrofia (obesidade) devem ser alertados para injetar pequenos volumes de gás em várias zonas. Durante os cerca de 30 min seguintes à administração, uma massagem suave com azeite ozonizado pode ser realizado nas áreas injetadas.

Administração intraperitoneal e intrapleural têm sido pouco utilizadas, mas são de grande interesse para o tratamento de peritonite com risco de vida, enfisema, carcinomatose peritoneal e pleural e hepatite viral crónica em pacientes submetidos a diálise peritoneal.

Trauma acidental, queimaduras e todos os tipos de infecções cutâneas agudas e crónicas, podem ser eficientemente tratados com água ozonizada e azeite ozonizado que, em comparação com cremes convencionais, merecem maior atenção. O uso tópico de ozono em úlceras e feridas, em pacientes diabéticos crónicos e idosos, permite uma melhoria de tal forma rápida que contribui para promover o ozono para a lista de fármaco "maravilha".

Capítulo 6

As atuais 6 técnicas de administração do Ozono

Hoje a Ozonoterapia pode ser realizada utilizando seis diferentes modalidades. Além dos bastante válidos métodos de Autohemoterapia, major e minor, e insuflação retal, temos desenvolvido e avaliado outras opções.

Apesar de que todos estes procedimentos devem ser controlados e supervisionados por Ozonoterapeutas, a insuflação retal é passível de ser realizada em casa pelo paciente com o conselho do clinico. O ozono nunca deve ser inalado mas, com a dose adaptada à capacidade antioxidante dos fluidos corporais, os métodos acima descritos oferecem vantagens terapêuticas notáveis e flexíveis.

O objetivo central da Ozonoterapia é dar, um choque atóxico a um organismo que, por diversas razões derivou; a esperança é que choques oportunos e repetidos, vão reajustar várias funções biológicas por meio de muitos “mensageiros” (ROS, LDPs e autacóides gerados por ozono) distribuídos para todo o corpo, através da circulação do sangue. Enfatizamos que o termo "choque terapêutico" deve simbolizar a possibilidade de reativar as capacidades naturais do nosso organismos para restaurar a saúde ou, em melhores palavras, para estimular a "vis medicatrix naturae" (força da natureza).

Creio que a indução simultânea de um stresse oxidativo calculado de forma precisa e aguda, em diferentes áreas, tais como o sangue, a pele e o sistema da mucosa do intestino, pode conduzir a uma resposta mais completa e talvez sinérgica do sistema de defesa do corpo. De fato as doenças crónicas devem ser atacadas a partir de diferentes ângulos e temos provas de que a estimulação de várias vias bioquímicas, em diferentes órgãos, pode ser terapeuticamente benéfico.

Ozone a new Medical Drug capítulo 6

Capítulo 7

A toxicidade potencial do Ozono inalado (poluição) e do Ozono clínico; Existem efeitos colaterais e contra-indicações da ozonoterapia?

A ainda pouca popularidade da ozonoterapia, na comunidade médica pode, em grande medida, ser atribuída à toxicidade conhecida quando o ozono é inalado, por exemplo na poluição do ar, enquanto que administrado clinicamente (mistura O₃/O₂) tem benefícios em diversas patologias e praticamente sem efeitos colaterais nem contra-indicações.

Existem poucas situações em que a ozonoterapia é contra-indicada:

  • Défice significativo de G-6PD (glucose-fosfato desidrogenase), enzima necessária para a viabilidade dos glóbulos vermelhos, também conhecida como favismo. Uma doença genética associada ao cromossoma X portanto com prevalência quase total em indivíduos do sexo masculino.
  • Gravidez, sobretudo na fase inicial.
  • Pacientes sujeitos a tratamento com inibidores de ECA-enzima conversora da angiotensina (do original “ACE inhibitors”) usados sobretudo em problemas de hipertensão.
  • Situações anormais de hipertiroidismo, trombocitopenia (redução do número de plaquetas no sangue) e grave instabilidade cardiovascular.

Como outras abordagens clinicas que usam fármacos potentes, a ozonoterapia não está isenta de riscos, que podem ser minimizados se o ozonoterapeuta está bem preparado na componente teórica e prática e se possui um equipamento gerador de ozono fiável, que dá garantia de que produz com exatidão as doses certas da mistura de ozono/oxigénio. A utilização de doses de ozono ajustadas relacionados com a capacidade antioxidante dos tecidos e fluídos corporais exclui o risco de citotoxicidade e mutagenicidade.

Capítulo 8

Ozono - estaremos perante um fármaco extraordinário? (do original “WonderDrug”)

Se o leitor já leu, ainda que parcialmente, os capítulos anteriores, deve ter percebido a minha confiança de que o ozono tem um enorme potencial terapêutico que, até agora, tem sido ignorado pelas autoridades médicas mundiais. As razões para retardar o uso da ozonoterapia são múltiplas: uma pode ser atribuída a ozonoterapeutas inexperientes, embora existam outros aspectos, como interesses comerciais e farmacêuticos, preconceito, falta de conhecimento e uma visão míope dos médicos, que contribuem para algum bloqueio e progresso substancial do estudo do ozono, enquanto agente terapêutico.

Este capítulo foi escrito para listar o número de potenciais benefícios que podem ser obtidos com a ozonoterapia. Há uma possibilidade real de que, ao combinar a utilização dos melhores fármacos com a ozoneterapia, podemos realmente derrotar o stresse oxidativo crónico (COS) com todas as suas consequências negativas. À medida que vamos observando os benefícios da ozonoterapia em novas doenças, e contra as previsões mais cépticas, ficamos surpreendidos com a amplitude da ação terapêutica dessa abordagem e sua atoxicidade. É lamentável que, por falta de organização e de recursos (praticamente inexistente quando comparada com a medicina tradicional!), as pesquisas clínicas avançam a passo de caracol. Maior atenção e dedicação a estas pesquisas, permitir-nos-ia apresentar novas descobertas científicas que ajudariam a validar a capacidade do ozono de melhorar a saúde, e assim provar a sua validade terapêutica.

Capítulo 9

A aplicação clínica da Ozonoterapia

Introdução

Este é o capítulo mais longo e provavelmente o mais interessante desta obra. Explica, com elevado grau de detalhe, as diversas possibilidades terapêuticas da ozonoterapia e como atua nas diferentes doenças. Em função desse nível de detalhe, desenvolvido em dezoito sub-capitulos, apresentaremos as conclusões por cada um deles, tal como no livro, uma vez que cada um cobre uma patologia, ou um conjunto, para permitir melhor entendimento do seu conteúdo.

O leitor pode estar ansioso para examinar em que as doenças a ozonoterapia pode ser eficazmente utilizada e vai ficar surpreendido com a versatilidade desta abordagem complementar (Tabela 9.1).

O facto das aplicações clinicas serem em grande número, expõe a ozonoterapia a algum escárnio pela classe médica porque apenas é sujeita a observações superficiais dando origem a cepticismo ao ponto de incluir a ozonoterapia como uma moderna panaceia (remédio para todos os males). Isso acontece porque o ozono, como o oxigénio, é uma molécula capaz de agir simultaneamente em vários componentes do sangue com diferentes funções.

Os mensageiros de ozono (ROS e LDPs) podem agir localmente ou sistemicamente em praticamente todas as células do organismo. Em contraste com o dogma de que "o ozono é sempre tóxico", três décadas de experiência clínica, embora na maior parte adquirida em clínicas privadas em milhões de pacientes, demonstraram que o ozono pode actuar como um desinfectante, um doador de oxigénio, um imunomodulador, um indutor das enzimas antioxidantes, um potenciador metabólico, e, eventualmente, um activador de células estaminais com consequente neovascularização e reconstrução de tecidos.

Mas a ozonoterapia também requer cuidados na sua aplicação: o ozono é um gás intrinsecamente tóxico que não pode ser inalado, não pode ser armazenado e deve ser usado com cautela e competência. Assim, a ozonoterapia deve ser realizada apenas por clínicos, após uma formação adequada e usando um gerador de ozono preciso, equipado com um fotómetro bem calibrado.

Um dos principais problemas continua a ser a escassez de ensaios clínicos e a dificuldade de se conhecer e organizar os resultados clínicos confiáveis, obtidos ozonoterapeutas de forma individual. Como consequência, as autoridades de saúde têm sugerido ensaios/estudos estudos com animais. Esta sugestão é irrealista porque, além da insuflação rectal ou administração intraperitoneal de gás, os animais de laboratório não são adequados para examinar os resultados dum tratamento prolongado de auto-hemoterapia (AHT). Além disso, milhões de AHTs realizadas em seres humanos, já provaram a sua eficácia e atoxicidade, porque razão devemos perder tempo com ensaios em animais?

No entanto, eu não estou implorando por indulgência porque qualquer abordagem complementar deve aceitar submeter-se aos regulamentos aprovados pela medicina convencional e deve esclarecer se um tratamento é realmente eficaz e atóxico.

Eu, então, irei descrever os resultados até agora alcançados através de dados de ensaios clínicos ou por uma "melhor série de casos" com resultados confiáveis. Será mostrado que, em muitas doenças, a medicina convencional é bastante adequado e a ozonoterapia não representa necessariamente o tratamento de primeira escolha. Somente quando o melhor tratamento convencional não for satisfatório, o ozonoterapeuta pode propor a opção ozonoterapia, somente se tem certeza da sua eficácia. É também possível que em algumas doenças, a ozonoterapia pode complementar o tratamento convencional e acelerar a resolução da mesma.

Também gostaria de dizer que o termo "medicina alternativa" deve ser rejeitado porque a ozonoterapia, por ser uma abordagem experimental, deve ser considerada complementar ou integrativa. Apesar dos importantes avanços, a medicina convencional ainda é incapaz de proporcionar uma melhora significativa em algumas doenças. Assim, é eticamente correto aproveitar a ozonoterapia quando o melhor tratamento convencional falhou.

Nos dezoito sub-capitulos seguintes, serão apresentados os efeitos biológicos e clínicos da terapia de oxigénio-ozono e será evidente que esta abordagem pode ser de importância crítica em algumas doenças e de grande utilidade se combinada com a medicina convencional.

Ozone a new Medical Drug capítulo 9

Capítulo 9.1

Doenças Infecciosas (bacterianas, virais, fungos, parasitas)

Não há dúvida de que o ozono pode te rum importante papel terapêutico em vários tipos de infecções, porque, em grande medida, gera ROS (O2 • , OH •, H2O2, NO • e HOCl), também produzidos por granulócitos (células de defesa do corpo humano) e macrófagos (células de grandes dimensões do tecido conjuntivo que intervêm na defesa do organismo contra infecções) durante um processo infeccioso.

Para nossa surpresa, parece que a natureza é capaz de gerar moléculas gasosas e reativas (CO, NO •, H2S e talvez O3), que, em pequenas quantidades, pode ter funções fisiológicas críticas, enquanto que, durante um processo inflamatório, em quantidades excessivas, pode causar um stresse oxidativo prejudicial. Essa realidade reforça a minha convicção de que o ozono, usado em doses adequadas, pode ser terapeuticamente útil.

Celulite, abcessos, fissuras anais, decúbito (escaras), fístulas, doenças fúngicas, furunculose, aftas, gengivite, osteomielite, peritonite, sinusite, estomatite, vulvovaginite, onicomicose e feridas com problemas de cicatrização, melhoraram rapidamente porque soluções com ozono demonstraram agir com um efeito de limpeza e desinfectante poderoso, que mata as bactérias anaeróbias ou resistentes aos antibióticos.

Nota:
Este capitulo aborda ainda, o efeito terapêutico do ozono em:

  • Osteomielite crónica(inflamação óssea)
  • Infecção por Helicobacter Pylori
  • Infecções por fungos, parasitas e protozoários
  • Infecções vaginais (Chlamidia, Candida e Trichomona)
  • Giardíase (infecção intestinal)
  • Criptosporidíase (infectam o lúmen do intestino)
  • Malaria

É recomendado a leitura integral para assegurar que não se perdem detalhes importantes na tradução e construção deste resumo.

Capítulo 9.1.1. - Infeção por HIV-1

Desde 1993, devido a falsas alegações, a comunicação social informou mal o público, informando que a ozonoterapia ou a oxigenação hiperbárica, poderia curar a infecção pelo HIV. A disseminação de notícias sensacionalistas é uma propensão típica mas repreensível de praticantes de medicina complementar incluindo a ozonoterapia. Durante o período de 1991-1995, a epidemia alastrava, o AZT não era útil como desejável e apenas um estudo utilizando ozonoterapia tinha sido surpreendentemente aceite e publicado em AIDS (Garberetal., 1991). Este trabalho, mal concebido, não mostrou a eficácia, nem a toxicidade. Deixo ao leitor decidir sobre a sua validade científica, porque apenas 10 ml de sangue infetado foi tratado com uma concentração desconhecida de ozono e irradiação com UV antes de ser injetado por via intramuscular como uma espécie de auto hemoterapia minor.

Em 1995, muitos pacientes recusaram o AZT porque era mais tóxico do que eficaz e solicitara-me para fazer ozonoterapia principalmente porque notícias da Alemanha aludiam a excelentes resultados com Auto hemoterapia major. Virologistas distintos e médicos alertaram-me que a ozonoterapia, sendo uma terapia oxidativa, poderia piorar a doença que por si só foi induzir um estado hiperoxidativo. Enquanto efectivamente o ozono exerce um pequeno e transitório choque oxidativo, este serve para induzir uma resposta antioxidante. Assim, ao contrário da opinião dos virologistas, a minha esperança, que em retrospectiva provou ser correta, foi a de que a ozonoterapia iria reverter lentamente a oxidação excessiva e normalizar o estado “redox", limitando assim a replicação viral. O estudo foi feito em dez pacientes e prolongou-se por cerca de 7 meses e três dos pacientes foram submetidos a um máximo de 54 Auto hemoterapia major, recebendo uma dose total de ozono de 1.080 mg uniformemente distribuídas em 16,2 L de sangue (Boccietal., 1998c).

Embora o estudo tivesse analisado um número limitado de pacientes, repetidas medições de marcadores virológicos relevantes indicaram que a ozonoterapia realizada com um método preciso (que, muito infelizmente naquele tempo usava um tipo de sacos para autotransfusão que lançaram micropartículas plásticas imunossupressores e fetalatos), nem melhorou, nem piorou a dinâmica da replicação do HIV-1.

Assim, uma questão muitas vezes colocada é: Será que faz algum sentido hoje pensar que a ozonoterapia poderia ajudar pacientes com HIV? A minha resposta continua a ser: sim e não! Se pretendemos aferir se a ozonoterapia tem alguma validade, devemos realizar estudos apropriados em colaboração com peritos em infecções, porém, para salvaguardar o supremo interesse do paciente, devemos em primeiro lugar usar os melhores fármacos providenciados pela medicina tradicional possivelmente complementadas com a ozonoterapia. Temos que enfatizar novamente a ideia de que esterilizar o sangue com ozono é absolutamente impossível porque não é possível neutralizar a enorme capacidade antioxidante do sangue, tecidos extravasculares e células.

Após 27 anos, a busca de uma vacina eficaz contra este vírus, em constante mutação e bastante heterogéneo, até agora, apesar das melhores pesquisas, ainda não produziu um resultado positivo. Propusemos a ideia de uma auto-vacina apoiada num processo de intensa ozonização do sangue, mas não temos nem meios, nem a colaboração da indústria farmacêutica (Boccietal., 2008, 2010).

 

Capítulo 9.1.2 Hepatites crónicas B and C

Hepatites crónicas são menos dramáticas do que o HIV, mas certamente são doenças muito graves ao nível socioeconómico. Nem todos os pacientes relatam uma doença agressiva e a maioria tem uma infecção leve que pode perdurar 20-30 anos. No entanto, mais cedo ou mais tarde, dependendo do sexo, etnia, idade, genótipo, carga viral, a dieta, o alcoolismo, a obesidade e qualidade de vida, um número de pacientes desenvolvem cirrose hepática, ascite, carcinoma hepatocelular e, eventualmente, a fase final da doença hepática.

Testes extensivos realizados após 8 a 24 semanas mostraram uma diminuição altamente significativa da carga viral (até 95%) e uma correcção significativa dos níveis de transaminases no plasma. Não foram observados efeitos colaterais. A conclusão preliminar foi que ozonoterapia mostrou-se eficaz, barata e segura. Este é o primeiro estudo(*) sério, mas os autores concluíram que será necessário o acompanhamento dos pacientes e programar um estudo placebo randomizado com duração de 12 meses.

(*) Estudo realizado no Egito, a 60 pacientes (45 homens , 15 mulheres, idades compreendidas entre 34-65 anos) tratados com Autohemoterapia major com 150 ml sangue com uma concentração de ozono que inciou em 25 e depois ajustado para 60 mcg/ml.

 

Capítulo 9.1.3
Infeções Herpes e Herpes Zoster

As infecções herpéticas são dolorosas e conduzem a depressão. Não podem ser subestimadas, pois contribuem para uma péssima qualidade de vida. Parece que ambas as infecções herpéticas podem ser tratadas razoavelmente bem, tanto com fármacos antivirais ou com ozonoterapia. No entanto, para muitos pacientes, que sofrem com mais ou menos frequência dessas infeções, esta é uma informação insatisfatória, porque só querem saber qual é o tratamento mais rápido e eficaz. Seria um grande avanço se pudéssemos programar um estudo comparativo incluindo três tratamentos: antivirais, ozonoterapia e ambos. Tal estudo envolve centenas de pacientes, muitos clínicos e grandes recursos para diversas análises e está além da nossa possibilidade. Apenas os líderes de saúde pública com espírito empreendedor poderiam realizar esta tarefa, mas será que eles existem?

Entretanto, a solução que pode proporcionar o melhor resultado e mais duradouro (eventualmente a cura) pode ser obtida por combinação dos agentes antivirais e auto hemoterapia major combinada com auto hemoterapia minor e creme ozonizado para aplicação tópica. A Herpes genital é a infecção que muitas vezes provoca efeitos psicológicos graves já que a maioria das pacientes sente-se arrasada ao saber o diagnóstico. Esta é a razão pela qual eu recomendo uma terapia combinada realizada durante um período prolongado e susceptível de reduzir recorrência e risco de transmissão.

Capítulo 9.1.4.
Infecções por Papilomavirus (HPV)

HPV infecta o epitélio da pele ou das membranas mucosas e pode produzir verrugas ou neoplasias benignas e malignas. Verrugas comuns podem aparecer em crianças, enquanto as verrugas plantaris são dolorosas e bastante comuns em jovens adultos. A incidência de verrugas venéreas tem aumentado, particularmente em mulheres; representa uma doença sexualmente transmissível.

Papilomas da laringe são típicos das crianças e podem produzir obstrução das vias aéreas com risco de vida.

Terapias eficazes convencionais incluem a excisão cirúrgica e ablação com laser. Os tratamentos tópicos são dificilmente resolutivos, porque o vírus é disseminado e persiste se o sistema imunológico for incapaz de destruir as células infectadas.

O facto de que a infecção pelo HPV é um importante fator de risco para o carcinoma, é bem conhecido, e graças à clarividência genial de Harald zur Hausen (Prémio Nobel de 2008) várias vacinas contra o HPV estão em fase de ensaios bem sucedidos em adolescentes. No entanto, a ozonoterapia poderia ser útil como terapia complementar. Para o melhor do meu conhecimento, dados confiáveis ainda são escassos, mas pode valer a pena avaliar um protocolo com a esperança de erradicar estas infecções. A terapêutica deve combinar abordagens como Autohemoretapia major ou minor maior ou menor.

Após o tratamento cirúrgico de base, é sempre importante remover a maior parte do tecido infectado; existem várias possibilidades: uma delas é a injecção intralesional de pequenos volumes de O2-O3 (de 10 a 20 mcg / ml). As injecções infiltrantes de gás devem ser feitas devagar e com cuidado, na base da verruga.

O benefício da ozonoterapia continua a ser evidente e não há nenhum risco, pois não tem efeitos colaterais, aumentando a possibilidade da eliminação viral, reduzindo assim o potencial de transmissão para parceiros sexuais.

Capítulo 9.1.5.
A Constipação comum

Esta infecção viral afecta a maioria da população, pelo menos uma vez por ano. As manifestações conhecidas da constipação comum, congestão nasal, lacrimejamento e espirros, são frequentemente acompanhadas de dor de garganta, mal-estar e dor de cabeça. Embora a constipação comum se resolva sem sequelas em 4-9 dias, é uma infecção muito incómoda. Os indivíduos normais não precisam de tratamento especial, mas os pacientes imunodeprimidos correm o risco de infecções pulmonares e podem ser tratado profilaticamente com IFN.

O ozono, em forma de gás é tóxico para a mucosa nasal e respiratória e não deve ser utilizado. No entanto, em nosso laboratório, durante os últimos 5 anos, temos preparado água bidestilada ozonizada todos os dias. Está pronta depois de 5 minutos de borbulhamento de ozono (concentração de 80 mcg / ml) em água. A concentração final de ozono é de cerca de 20 mcg / ml e, se for armazenada numa garrafa de vidro com uma torneira de teflon apertada, o ozono mantém-se durante 2 dias, apesar da concentração de ozono diminuir progressivamente. Alguém que pense ter apanhado uma constipação, pode aspirar a água ozonizada nas narinas 3-4 vezes por dia. Apesar da aspiração nasal de água ozonizada provocar irritação passageira (10-15 s), é inacreditável como rapidamente a congestão nasal, sinusite e edema faringodinia desaparece rapidamente após 3-5 h, após o que é necessário repetir o procedimento. A inalação de vapor óleo ozonizado ajuda para a noite. A infecção resolve-se em 3-4 dias, mas é muito mais tolerável do que se fosse tratada. Sempre que possível, uma Autohemoterapia major diariamente durante os primeiros 3-4 dias faz aliviar a astenia.

Esta abordagem é bastante empírica e, considerando a instabilidade de água ozonizada, é difícil desenvolver um sistema prático.

Capítulo 9.2.
Doenças isquémicas

Depois de ter testado a ozonoterapia numa variedade de doenças, os melhores resultados clínicos foram alcançados em doenças isquémicas.

A combinação da medicina ortodoxa básica e um prolongamento da terapia de ozono ao longo da vida é potencialmente capaz de corrigir o stresse oxidativo crónico subjacente às doenças vasculares e restaurar a saúde em pacientes em estado grave. Isto é devido aos efeitos multiformes e simultâneos desencadeados pela terapia de ozono, uma virtude não compartilhada por outras abordagens. Os pacientes estão muito interessados em saber qual será a melhor forma e progresso para o pleno aproveitamento futuro da terapia de ozono.

Isquemia crónica dos membros é muitas vezes acompanhada por uma úlcera que nunca vai curar a menos que se consiga normalizar o fornecimento de oxigénio e estimular a regeneração dos tecidos. Nesta doença, o ozono comporta-se realmente como uma droga maravilhosa quando o ozonoterapeuta combina Autohemoterapia com terapia domiciliária tópica com creme ozonizado.

A indução local e libertação de fatores de crescimento num tecido vascular estéril, tem uma importância fundamental para o processo de cicatrização. O resultado clínico desapontante em ensaios com factores de crescimento (Bennett et al., 2003) é devido ao facto das hormonas exógenas aplicadas sobre um tecido infectado e isquémico serem inúteis. Quase não é preciso dizer que o paciente tem de continuar a terapia convencional de base, que tem como objectivo bloquear a progressão da doença.

Capítulo 9.3
Desordens degenerativas da retina

Existem algumas doenças degenerativas da retina e nervo óptico que são progressivas e irreversíveis, para que nenhuma terapia revelou-se eficaz. Estas são:

  1. Degeneração macular relacionada à idade (DMRI),
  2. Miopia degenerativa,
  3. Doenças vasculares da retina devido a diabetes,
  4. Perturbações degenerativas de origem hereditária da retina
  5. Neuropatias ópticas e isquémicas
  6. Glaucoma.

Resumidamente já sabemos que a ozonização de sangue traz vários efeitos, tais como:

  • Melhoria o reologia sangue.
  • Melhoria da via glicolítica em eritrócitos.
  • Ativação do shunt hexose-monofosfato em eritrócitos com um possível aumento dos níveis de 2,3-DPG.
  • O aumento da disponibilidade de oxigénio e entrega aos tecidos hipóxicos devido a um deslocamento para a direita da curva de dissociação da HbO2.
  • Aumento da concentração dos níveis FATP em eritrócitos com possível libertação micro em locais de hipóxia.
  • A vasodilatação pelo aumento da liberação de óxido nítrico e/ou prostaciclina.
  • Lançamento de fatores de crescimento de plaquetas e citocinas dos leucócitos.
  • A regulação do sistema antioxidante enzimático e tolerância de ozono.

O aspecto fascinante da ozonoterapia é a capacidade de activar a cooperação de um número de mecanismos de defesa contra a lesão isquémica e neurotóxica, evitando assim a morte celular.

Parece-nos que, embora a terapia de ozono seja relativamente desconhecida e boicotada (por oftalmologistas), como abordagem médica complementar, não deve ser visto com ceticismo e, com as limitações objetivamente discutidas neste capitulo, merece ser aplicado em pacientes adequados, apesar de recuperam apenas uma fração de sua acuidade visual original, quando não há outro tratamento útil, os pacientes ficam agradecidos como demonstrado por uma melhoria da sua qualidade de vida ao longo dos anos.

Capítulo 9.4
Doenças Neurodegenerativas

As doenças neurodegenerativas, como Parkinson, Menkes, Alzheimer e doença de Wilson, demência senil, esclerose amiotrófica lateral, disfunção do nervo óptico, o glaucoma primário de ângulo aberto, hipoacusia neurossensorial bilateral e maculopatias foram extensivamente discutidos e, embora tenham características distintas, têm em comum a característica de stress oxidativo crónico.

Estas são doenças angustiantes se afetam os jovens, no auge do seu desempenho físico ou mental que, em poucos anos, se afundam num registo de esquecimento.

O processo fisiológico do envelhecimento é dotado, por sorte, em menor grau, com alterações bioquímicas semelhantes e este facto leva-nos a compreender os mecanismos e com ideias inovadoras, por em prática acções que atrasam tanto envelhecimento como a neurodegeneração. Na verdade, o prolongamento progressivo do tempo de vida do ser humano, é acompanhado por um aumento das doenças neuro-degenerativas: O risco de doença de Alzheimer foi estimado em 13% entre os europeus o que, com alguma aproximação, uma em cada dez mulheres, que vivem até aos 80 anos e um em cada sete homens, que vivem até aos 76, irá desenvolver a doença. Há sólidas evidências de que a combinação de predisposição genética, a familiaridade, o dano oxidativo ao longo da vida, uma dieta excessiva ou mal equilibrada, álcool e tabaco, vício em drogas, falta de exercício físico e diabetes, têm um papel na aceleração da degeneração celular.

A terapia utilizando fármacos é certamente útil, mas apenas por um tempo limitado e não detém a progressão da doença. A combinação de várias terapias experimentais promete melhorar as actuais limitações, mas ainda lutamos uma “guerra” praticamente perdida, porque as doenças neurodegenerativas são projetadas para superar até mesmo o cancro como a segunda causa de morte até o ano de 2040 (Lilienfeld e Perl, 1993).

À primeira vista, parece irracional propor um "choque terapêutico" para as doenças neurodegenerativas, com base em stress oxidativo. No entanto, esta abordagem, em combinação com fármacos, pode exercer um efeito paradoxal e reverter ou estabilizar uma situação de outra forma irreversível. A ideia é que um aumento gradual da dose de ozono (entre 10 e 30-40 mcg / ml por ml de sangue) pode ser capaz de aumentar o fluxo sanguíneo cerebral (Prego et al., 2004), e melhorar o metabolismo, corrigir o stress oxidativo crónico. Em termos práticos, as células neuronais sob constante stress oxidativo, podem reactivar enzimas antioxidantes, que é a chave fundamental para evitar a morte celular.

Atualmente não há abordagem farmacológica capaz de atingir este objectivo, o que pode ser realizado, sem qualquer complexidade biotecnológica, simplesmente ozonizando sangue por alguns minutos. Obviamente, quanto mais cedo começar a ozonoterapia melhor, porque não há nenhuma esperança de revitalizar os neurónios mortos.

Mais do que nunca, eu persisto na minha opinião de que, se a neurodegeneração não é devida a um defeito genético irreversível (como a esclerose lateral amiotrófica, doença ALS, ou Lou Gehrig, por exemplo), a administração criteriosa de ozono pode ser útil.

Se, nos nossos países, o dogma sobre a toxicidade de ozono persistir e as autoridades de saúde continuarem a negligenciar esse problema, vai ser difícil fazer qualquer progresso.

Empreendedores e, na verdade, condicionados pela sua situação difícil, os médicos cubanos fizeram um estudo: foi um estudo “duplo-cego RCT” em 60 pacientes afetados por demências senis: grupo A (30 pacientes) foi tratado com O2-O3 por RI diária (50 mcg / ml ) por 21 dias e grupo B com apenas oxigénio. Embora eu não seja entusiasta da via de administração (RI), este é um estudo pioneiro a ser levado em conta. Usando vários testes psicométricos (condição mental, a capacidade de auto-medicação administrada e avaliação de atividades diárias, demonstrou que 73-90% dos doentes tratados com ozonoterapia apresentaram melhora acentuada, sem qualquer efeito adverso (Rodriguez et al., 1993). Portanto, se a ozonoterapia é realmente útil, vamos continuar a negar a possibilidade de melhora a muitos pacientes.

Deve ser explicado e entendido que um ciclo de ozonoterapia não pode resolver o problema: todas as células têm memória bioquímica, mais ou menos longa e deve ser estimulada por LDPs em intervalos curtos. O nosso estudo sobre DMRI foi muito instrutivo nesse sentido e temos de ser honestos com os pacientes esclarecendo que a ozonoterapia pode ser realmente útil, no sentido de que ela pode ser capaz de reativar as funções biológicas, mas não pode curar a doença embora possa bloquear a sua progressão. Portanto, é essencial que se assegure uma terapia de manutenção. Pacientes com doenças neurodegenerativas submetidos a ozonoterapia devem receber suplementação com antioxidantes via oral, porque eles são frequentemente subnutridos e podem ter uma baixa capacidade antioxidante.

As doenças neurodegenerativas afetam cerca de 50 milhões de pessoas no mundo e tem um impacto socioeconómico considerável e cada vez mais negativo sobre as famílias e a sociedade. Uma melhor compreensão das doenças degenerativas pode despoletar a elaboração de terapias clinicas capazes de retardar o desaparecimento de populações críticas de neurónios, não podemos desconsiderar o efeito da ozonoterapia sobretudo na fase inicial da doença. Pelo menos os pacientes podem obter uma melhor qualidade de vida, associando terapias médicas úteis com a ozonoterapia.

Capítulo 9.5
Doenças auto-imunes

As doenças auto-imunes mais relevantes, tais como a artrite reumatóide (RA), síndrome de Sjogren, vasculite, esclerose múltipla (MS), doença de Crohn, psoríase, lúpus eritematoso sistémico e diabetes tipo-1, afetam cerca de 5% da população nos países ocidentais.

A etiologia destas doenças ainda é incerta, mas a susceptibilidade genética, não clarificada viral infecções bacterianas ou virais, idade, sexo têm um papel importante. Por outro lado, durante os últimos 25 anos, progressos consideráveis têm sido feitos com os mecanismos patogénicos, que, com uma forte predominância em mulheres de diferentes locais, apresentam uma similaridade notável que sugerem que a causa primária da doença muda num conjunto de mecanismos ofensivos semelhantes.

Ao longo dos anos, com a compreensão progressiva dos mecanismos patogénicos, a medicina convencional tem-se esforçado arduamente para encontrar a terapia mais eficaz. No entanto, apenas recentemente, tem alcançado bons resultados embora não livre de efeitos adversos e complicações imprevistas. No entanto, o terapeuta de ozonoterapia tem o dever de presentar as seguintes opções, extensivamente descritos por Hanauer e Dassopoulos (2001):

A - Doença de Crohn e Colite ulcerosa

São doenças inflamatórias crónicas provavelmente iniciadas por um colapso na regulação da resposta imune da mucosa aos antígenos entéricos e bactérias, complicadas por eventos isquémicos, trombóticos e inflamatórios (Ardizzone e Bianchi Porro, 2002;. Hatoum et ai, 2003). O grande número de abordagens terapêuticas convencionais reflecte a nossa dificuldade de controlar diferentes mecanismos patogénicos

Para uma finalidade didáctica, primeiro vou enumerar os tratamentos básicos convencionais:

  1. A sulfassalazina (ácido 5-aminosalcylic ou 5-ASA), 2-4 g / dia, é administrado por via oral e / ou tópica, sob a forma de uma preparação de libertação lenta.
  2. Os corticosteróides, entre os quais o budesonido é um novo composto com potência elevada da mucosa (formulação de enema) e baixa actividade sistémica.
  3. Antibióticos, tais como o metronidazole e ciprofloxacina, usados isoladamente ou em combinação. Em comparação com o placebo, rifamixin não demonstrou qualquer benefício (Gionchetti et al., 1999).
  4. Imunomoduladores: azatioprina, 6-mercaptopurina, metotrexato, micofenolato mofetil, ciclosporina, tacrolimus (FK 506), talidomida.
  5. Citocinas Imunosuppressivas para inibir o tipo Th1 >>-resposta tipo Th2 excessiva. Alguns estudos têm mostrado sua segurança e tolerância, mas a eficácia final permanece desconhecida.
  6. A utilização de anticorpos anti-TNF alfa. A citocina TNF alfa é considerada um dos mais responsável de graves complicações como perfuração intestinal, abscessos intestinais e formação de fístulas.
  7. Manipulação da flora intestinal normal para alcançar tolerância oral. Se os auto-antigenes responsáveis podem ser identificados, a sua administração por via oral pode induzir uma tolerância imunitária e representam um tratamento racional. Parece importante reajustar a microflora intestinal porque continuamente interage com enterócitos e com o sistema linfóide associado à mucosa.
    Embora promissores, ainda sem fundamentação, os resultados após a administração de bactérias concorrentes, tais como: Lactobacillus acidophilus, Bifidobacterium bifidum e Streptococcus thermophilus contra bactérias patogénicas, são promissores. Esta abordagem complementar não deve ser ignorada, uma vez que é não-tóxica e pode tornar-se ainda mais útil, modificando o ambiente luminal pela terapia hydrocolon intermitente. Um ambiente ecológico correto também pode ser restaurado pela microflora administrados via enema.
  8. Apoio Dietético. Como mencionado anteriormente, uma dieta enriquecida com PUFA n-3 presentes no óleo de peixe (através da ciclo-oxigenase e lipoxigenase) 3-série PGs e 5-LTs série, que são anti-inflamatória e podem reequilibrar a Th1-Th2 (Hodgson , 1996;. Mori et ai, 2003). N-3 PUFAs podem facilmente ser tomados em cápsulas (Belluzzi et ai., 1996). Embora esta abordagem não seja provavelmente suficiente para resolver o problema, é recomendado porque também é útil para a prevenção da aterosclerose e pode ser continuada pela vida.
  9. A administração de hormona de crescimento durante 4 meses (Slonim et al., 2000). A dose ideal, cronograma e duração da resposta estão ainda por definir.
  10. O efeito aparentemente útil de fumo de cigarro em colite ulcerosa (mas não na doença de Crohn) é muito intrigante e, apesar de alguns resultados encorajadores com transdérmica ou administração rectal de nicotina, o seu papel terapêutico eficaz permanece incerto.
  11. A oxigenoterapia hiperbárica foi descrita como útil na doença de Crohn severa ou refratária. Noyer e Brandt (1999) relataram 16 respostas completas em 22 pacientes.
  12. Ozonterapia. Dr D'Ambrosio (2002b) estudou 30 pacientes (24 W e 6 M, 33 anos ± 22) com Crohn e colite ulcerosa. A terapia padrão foi a insuflação rectal de 300-400 ml de uma mistura de gás composta de oxigénio e ozono (concentração de partida de 60 mcg / ml, com redução progressiva) duas vezes por semana inicialmente e então cada uma ou duas semanas de tratamento, pelo menos, 30 tratamentos. 50% dos pacientes têm uma boa resposta, uma resposta baixa de 40% e 10% nenhuma resposta. Pacientes que respondem tinha uma normalização do récio CD4 / CD8 (3-4 para baixo para 1) e um aumento da secreção de IgA contra IgG.

Os meus comentários são os seguintes:

  • A concentração inicial de ozono é demasiado elevada e deve ser limitado a casos de hemorragia.
  • A terapia combinada, ou seja, Auto-Hemoterapia mais insuflação rectal de ozono poderia ter sido vantajoso, mas eles não foram julgados.

 

B) A artrite reumatóide

A artrite reumatóide (AR) é uma doença inflamatória crónica sistémica capaz de afectar muitos órgãos, causando, principalmente, uma sinovite inflamatória que evolui para destruir a cartilagem articular, com anquilose sucessiva das articulações. As terapias convencionais da AR visam aliviar a dor e possivelmente resolver a inflamação crónica provocada pela degeneração de cartilagem e erosão óssea articular;

  1. Fármacos anti-inflamatórios não esteróides (NSAID). Além da clássica aspirina, incluem o ibuprofeno, indometacina, naproxeno, sulindac, etc. Eles estão todos associados a pelo menos irritação gástrica. Comprimidos revestidos ou outras vias de administração podem limitar dano potencial. Os inibidores da ciclooxigenase de última geração, parecem ser bastante eficazes e têm menos efeitos adversos (Fitzgerald e Patrono, 2001), mas um (Viox) causou cerca de 50.000 morte nos EUA.
  2. Terapia de glicocorticóides. Tem sido amplamente utilizado e é eficaz mas a sua utilização prolongada envolve efeitos secundários graves.
  3. Terapia imunossupressora. A azatioprina, ciclofosfamida, metotrexato em dose baixa intermitente pode ser útil, mas deve ser dada atenção aos efeitos adversos.
  4. Fármacos modificadores da doença, tais como D-penicilamina, sulfasalazina, são parcialmente úteis, mas não há evidências mínimas que provem atrasar a erosão óssea ou permitir a cura.
  5. Uma estatina pode gerar efeitos modestos, porém efeitos anti-inflamatório benéficos e reduzir a morbilidade cardiovascular (McCarey et al., 2004).
  6. Medicamentos anti-reumáticos modificadores da doença, tais como bloqueadores TNF-alfa e/ou os anticorpos contra a IL-1 são úteis em cerca de 60% dos pacientes. Não são curativos e têm de ser repetidos se os efeitos secundários forem aceitáveis.
  7. Ozoneterapia (em dosagens incertas) tem sido usada muitas vezes em combinação com a fitoterapia, terapia magnética e outras abordagens complementares. Por isso, continua a ser impossível determinar a sua eficácia real. Embora os dados clínicos não tivessem sido relatados em revistas e jornais, o Dr. Fahmy (Alemanha) tratou muitos pacientes com ozonoterapia (concentração de ozono de 20-40 mcg / mL). O Dr R Viebahn sugere a utilização de pequenos volumes de sangue (50 ml) e também concentrações baixas de ozono (20-35 mcg / ml por ml de sangue). Houve um estudo realizado no Instituto de Reumatologia de Cuba em 1988, em 17 pacientes com Artrite Reumatóide, tratados com infiltrações de oxigénio-ozono (dose total de ozono: 700 mcg) durante 8 semanas combinadas com fármacos anti-inflamatórios não esteróides. Aparentemente, cerca de 25% dos doentes tratados com ozonoterapia teve 25% melhor, mas este tipo de estudo não esclarece se a ozonoterapia isoladamente pode ser útil.

C) Psoríase

A psoríase é uma doenças de pele inflamatória crónica que afeta cerca de 110 milhões de pessoas no mundo. A artrite psoriática está presente em cerca de 30% dos pacientes. Embora a doença não seja tão incapacitante como doença de Crohn ou artrite reumatóide, pode causar deficiências físicas e mentais.

A psoríase é caracterizada pela activação dos linfócitos CD4 + T e uma excepcional proliferação de queratinócitos.

Os tratamentos convencionais dependem do tipo, localização e extensão das lesões:

  1. Os glicocorticóide tópicos são mais eficazes quando utilizados em conjunto com um agente queratolítico. Os corticosteróides e ciclosporina A têm vindo a ser utilizados sistemicamente.
  2. A luz ultravioleta (UV-A) combinada com “methoxipsoralen” oral ou tópica, é muito eficaz, mas a toxicidade potencial pode limitar a sua utilização.

Os tratamentos convencionais das doenças descritas acima têm sido pouco eficazes e acompanhados por efeitos colaterais relevantes.

Ensaios clínicos duplo-cegos foram realizados em milhares de pacientes envolvendo um grande número de cientistas, médicos, analistas, etc. estatísticos, empresas biotecnológicas, durante os últimos 10-15 anos, investiram-se biliões de dólares antes que esses produtos fossem aprovados e pudessem ser vendidos no mercado.

O custo real de um tratamento por paciente é de cerca de US $ 15.000. A diversidade das abordagens terapêuticas não significa necessariamente que um anticorpo funciona melhor do que outro.

Todos os agentes biológicos são destinadas a bloquear moléculas nocivas e/ou parar os sinais de iniciação duma inflamação crónica.

A frequência e via de administração variam entre infusões intravenosas intermitentes ou injecções semanais. Alguns anticorpos devem ser combinados com uma terapia de corticosteróides para reduzir a formação concomitante de anticorpos neutralizantes.

Com algumas variações, estas terapias têm rendido melhorias notáveis em 60-70% dos pacientes gravemente afetados e a medicina considera estes resultados como um avanço.

Na década de 1990, um dermatologista da minha universidade, defendia o uso de ozonoterapia administrado através de Autohemoterapia major embora pouco específico quanto à concentração de ozono.

Eu fiz seguir um estudo piloto, mas os resultados permaneceram muito incertos. Portanto, hoje, usando geradores de ozono modernos, que permitem saber a dose exata de ozono, poderíamos estudar cuidadosamente esta possibilidade e avaliar a dosagem ideal.

Capítulo 9.6

Ozonoterapia no Cancro (Parte I de III)

Embora alguns cancros hematológicos estejam atualmente a ser tratados com sucesso, os cancros sólidos comuns, que são a grande maioria, continuam a ser um problema para a humanidade.

Devido ao diagnóstico mais precoce e alguns avanços terapêuticos, nos países da Europa Ocidental, o total da mortalidade por cancro foi moderadamente reduzida para ambos os sexos.

Entretanto, devido ao prolongamento da esperança de vida, os números para a mortalidade geral por cancro ainda são dramáticos. Uma campanha de prevenção do cancro, visando a detecção precoce e o uso de uma dieta adequada rica em fibras e antioxidantes, pode contribuir para melhorar o panorama até certo ponto.

No entanto o tabagismo não diminui e foi parcialmente deslocado de homens para mulheres e para os países do Terceiro Mundo. Um relatório da OMS prevê que as taxas de cancro em todo o mundo podem dobrar até 2020, a menos que tomemos medidas rigorosas para promover uma dieta saudável, a cessação tabágica e melhorado acesso à vacinação viral (Eaton, 2003).

Os pilares de terapia para o cancro são a cirurgia primeiro e, em seguida, radioterapia e quimioterapia. A terapia hormonal tem algumas aplicações mais específicas e, desde 1891, o sonho de Paul Ehrlich era fazer imunoterapia eficaz.

Pelo menos teoricamente, a imunoterapia visa especificamente destruir as células neoplásicas, mas infelizmente essas células são pouco imunogénicas e diabolicamente equipadas para evitar ou suprimir o sistema imunológico.

Apesar dos numerosas e, teoricamente, brilhantes abordagens, nenhuma alcançou resultados eficazes a 100%.

O maior obstáculo para o sucesso na terapia do cancro é uma profunda compreensão dos diversos mecanismos utilizados pelas células tumorais para escapar do ataque imunológico

Numa fase anterior, o ozono foi testado em cancro por Varro (1966, 1974, 1983) e Zabel (1960). Assim, embora a ozonoterapia tenha mais de 40 anos de idade, foi utilizado em algumas clínicas privadas na Europa central, mas por várias razões, não totalmente certo, nunca foi aceite pela medicina oficial e é actualmente desprezado na França, Inglaterra, EUA e apenas moderadamente tolerada em Itália.

A ozonoterapia é útil no cancro? Varro (1983) alegou que, depois de passar por cirurgia, quimioterapia e radioterapia, a maioria dos seus pacientes com cancro beneficiou da ozonoterapia, como a sua qualidade de vida melhorou e eles sobreviveram durante um longo período. No entanto, estas declarações não foram validadas por dados estatísticos e não têm valor científico.

Há outros relatos de benefícios com a ozonoterapia usando técnicas de Autohemoterapias major e minor : por exemplo, Beyerle (1996) tratou cancro da próstata com "resultados fenomenais" (?). Para outros tipos de cancro (garganta, ovário, cólon e mama), ele comenta:

estamos vendo pacientes que estavam acamados há 2 anos e enviados para casa para morrer. Eles tornaram-se ambulatórios. Os seus níveis de energia recuperam, ganham peso e nós vemos as pequenas fraturas espontâneas na coluna vertebral desaparecer gradualmente. Força muscular recupera. Não há dor na coluna.

Não está claro por que motivo o Dr. Beyerle não publicou estes dados numa publicação médica oficial, porque, tal como apresentado, estes elementos são inúteis.

Kief (1993), na sua clínica em Ludwigshafen (Alemanha), utilizou a “Auto-homóloga imunoterapia” (AHIT) para tratar uma variedade de malignidades. AHIT foi administrada diariamente durante um período de 4 meses e reivindicou:

baixos custos, individualmente orientado, não tem efeitos colaterais, diminui a dor em 70% dos casos e aumenta a qualidade de vida e vitalidade em aproximadamente 90% dos pacientes com cancro.”

O que realmente contém a AHIT permanece um mistério (aparentemente uma mistura de sangue e urina do paciente, tratada com ozono!) e, segundo o meu conhecimento, as autoridades de saúde alemãs proibiram o seu uso.

Em conclusão, hoje não há nenhuma evidência séria que possa sustentar que a ozonoterapia é benéfica para pacientes com cancro, porque:

  • Ensaios clínicos aleatórios duplo-cegos não foram realizados como deveriam(Ernst e Resch, 1996).
  • Não está claro se os efeitos biológicos e/ou clínicos, se houver, são devidos a qualquer oxigénio ou ozono ou a ambos, ou simplesmente pela transfusão de sangue.
  • A relevância do efeito placebo é desconhecida.
  • Demasiadas vezes a ozonoterapia é realizada em conjunto com outras terapias convencionais ou terapias naturais, de modo que qualquer resultado permanece questionável.

Apesar destas conclusões negativas, vale a pena discutir a peculiar característica biológica do ambiente do tumor em relação aos efeitos da ozonoterapia porque podemos tentar essa abordagem somente se houver uma justificação sólida.

Ozonoterapia no Cancro (Parte II de III)

A hipóxia tumoral (falta oxigénio nas células) é um mecanismo bem reconhecido para a resistência das células neoplásicas a fármacos anti-cancro e radioterapia. A obra de Warburg na década de 1920 demonstrou que, mesmo em hipóxia, as células cancerígenas convertem intensamente a glicose em ácido láctico mas, a menos que estejam em anoxia o seu pH intracelular permanece neutro (pH 7,0-7,2) enquanto o pH é ligeiramente ácido (6,8) no fluido intersticial.

A hipóxia tumoral é também um fator relevante e favorece as metástases (Bush et ai, 1978;. Coleman, 1988; Gatenby et ai, 1988;. Vaupel e Hockel; 2000; Hockel e Vaupel, 2001; Brahimi-Horn et al., 2001; Harris, 2002; Fyles et al., 2002; Subarsky e Hill, 2003).

Ambos os tumores primários e metastáticos prosperaram em áreas onde o pO2 médio é menor do que nos tecidos normais e o hospedeiro parece incapaz de montar uma reacção fisiológica para restabelecer níveis.

Um vascularização anárquica geralmente implica vasos anómalos com fluxo sanguíneo variável, permeabilidade aumentada, edema, híper coagulabilidade, progressão metastática e, por conseguinte, prognóstico pobre (Brizel et al., 1996; Hockel et al., 1996; Young et al., 1988; Denko and Giaccia, 2001; Subarsky and Hill, 2003; Helczynska et al., 2003; Denko and Giaccia, 2001).

A fim de bloquear a evolução de tumores malignos, uma das abordagens mais estudadas é inibir a angiogénese (Folkman, 1974; Tosetti et al., 2002; Ferrara, 2009). Este processo é claramente estimulado por hipoxia mas uma correção direta do estado hipóxico parece um método mais simples para bloquear a progressão do cancro. Se este postulado é correto, uma nova abordagem para restaurar constantemente normoxia em tecidos hipóxicos podem ser propostas a considerar (Bocci et al., 2005).

Mas será viável corrigir constantemente a hipóxia em pacientes com cancro? Será que vai ser possível induzir uma restauração constante de normoxia em tumores hipóxicos?

Durante o século passado várias estratégias têm sido propostas para aumentar a oxigenação de tumores. A mais óbvia era respirar oxigénio puro, mas por causa da sua toxicidade, isto só pode ser feito por períodos curtos, com apenas um aumento transitório de pO2 arterial (Thomson et al., 2002).

É bem conhecido que a respiração de oxigénio puro mata um homem em cerca de 60 h, apenas para lembrar que o oxigénio como o ozono, CO, NO e H2S são gases terapêuticos úteis apenas em concentrações precisas. A oxigenoterapia hiperbárica é um procedimento por que oxigénio quase puro medicinal é inspirado dentro duma câmara hermética em cerca de 2,6 atmosferas durante 2 h (Dische et al., 1983; Bergo and Tyssebotn, 1999; Cianci, 2004).

Durante este período, o oxigénio solubilizado no plasma aumenta até 5 ml / dL e torna-se praticamente suficiente para satisfazer os requisitos dos tecidos de modo a que praticamente nenhuma molécula de oxigénio é libertada por oxiemoglobina.

Para o melhor de meu conhecimento é arriscado prolongar a exposição por períodos superiores a 2 h e, portanto, uma inibição transitória das células cancerígenas torna-se inútil.

Os pacientes com cancro são muitas vezes anémicos e, recentemente, a fim de melhorar a eficácia terapêutica, bem como a fadiga, a eritropoetina recombinante é utilizada (Marrades et al., 1996; Littlewood et al., 2001), apesar de mais recentemente, advertiram que pode não melhorar o controlo do cancro ou de sobrevivência.

É então possível melhorar constantemente o fornecimento de oxigénio para o tumor por administração da ozonoterapia? Vamos ver o que o ozono é capaz de fazer!...

Ozonoterapia no Cancro (Parte III de III)

Como qualquer outro gás, o ozono dissolve-se na água do plasma e imediatamente desaparece por reagir com compostos orgânicos, gerando uma série de mensageiros agindo em vários componentes do sangue e buscam efeitos biológicos precocemente (por ROS) e tardiamente (por Lops). Enquanto estamos a avaliar o alcance duma janela terapêutica, descobrimos que a concentração de ozono, deve chegar a um limite crítico para ser eficaz, caso contrário, só resulta num efeito de placebo. Um efeito imediato é devido a um aumento repentino (apesar de segundos!) de peróxido de hidrogénio que comuta num número diverso de vias bioquímicas, em eritrócitos, leucócitos e plaquetas (Bocci, 2002; Pedra e Collins, 2002). Os efeitos tardios são devido a um número de LDPs com uma meia-vida muito mais longa do que ROS. Após a reinfusão de sangue no dador que começa 5-10 min após a ozonização do sangue, LDPs sofrem uma diluição extensiva, catabolismo e excreção.

Em conclusão, temos alguns argumentos racionais que incentivem a utilização de ozonoterapia no cancro:
a) Possível melhora da circulação sanguínea e fornecimento de oxigénio aos tecidos isquémicos e neoplásticos.
b) Melhoria do metabolismo geral
c) Corrija o stresse oxidativo crónico por superior regulação do sistema antioxidante. Possível melhora do potencial redox celular.
d) Induzir uma ligeira activação do sistema imunitário e
e) Promover um estado de bem-estar em pacientes ativando o sistema neuro-endócrino.
Há três questões que necessitam ser respondidas:
1. Em que estado da doença seria mais indicado os tratamentos de ozonoterapia?
2. Que tipo de experiências temos até ao presente?
3. Qual é o melhor arranjo terapêutico?
Há um consenso total que, sempre que possível, o tumor primário deve ser removido cirurgicamente (ou irradiado), porque um tumor grande e/ou metastisado induz caquexia e um estado anérgico (Tisdale, 2002; Argiles et al., 2003).

Assim, podemos presumir que, mesmo depois de uma operação bem sucedida (linfonodos ou gânglios linfáticos negativos), o paciente, na pior das hipóteses, pode ter uma disseminação de 1.000-10.000 células neoplásicas que, depois de superar a imunodepressão da anestesia e cirurgia, podem permanecer dormentes ou eliminadas através da vigilância do sistema imunitário.

Existem vários compostos imunomoduladores convencionais, mas certamente, a aplicação de ozonoterapia parece ideal para os pacientes com a denominada doença residual mínima.

Se metástases estão presentes, o problema é muito mais complexo e a quimioterapia é amplamente utilizada com resultados mistos: frequentemente as combinações de primeira linha podem ser úteis e acabar com uma boa dose de células neoplásicas. Mais ciclos, mesmo que intensivos, podem ou não ser úteis devido à resistência progressiva da célula à quimioterapia. Além disso efeitos colaterais e toxicidade difusa diminuem a qualidade de vida. Os pacientes ficam deprimidos, anémicos, neutropenia, anorexígeno e, quase invariavelmente, relatam fadiga.

Pode a ozonoterapia ser útil isoladamente ou pode ser mais útil do que quimioterapia e radioterapia em cancro metastático? Podemos combinar os tratamentos? Qual é o melhor momento para a realização ozonoterapia durante o curso da doença?

A maioria dessas questões permanecem sem resposta hoje porque a ozonoterapia foi totalmente desconsiderada pela oncologia convencional, em particular por defensores da quimioterapia. Não posso evitar comentar que a quimioterapia é economicamente mais vantajosa para muitas pessoas, enquanto a ozonoterapia não é. Isto é muito insatisfatório, principalmente porque, apesar de um pequeno progresso, a taxa de mortalidade permanece alta e avanços significativos no combate à doenças ainda não estão à vista. Porque eu sinto que este é uma das mais importantes questões, eu acabei de discutir razões hipotéticas para prosseguir a avaliação da ozonoterapia , não como um processo capaz de curar a neoplasia mas sim como um meio para abrandar ou, possivelmente, estabilizar a sua progressão, ou pelo menos para melhorar a qualidade de vida particularmente em doentes idosos mais sensíveis aos efeitos secundários graves das doses elevadas de quimioterapia.

Finalmente, em Outubro de 2003, numa clínica de caridade, conseguimos dar inicio a um estudo aberto sobre a aplicação da ozonoterapia em pacientes com cancros resistentes à quimioterapia e fizemos algumas observações. Três pacientes, que tinham sofrido de alta dosagem e prolongada (1,5 - 2 anos) de quimioterapia, com um índice de Karnofsky 20-30%, apesar de uma excelente aderência, continuou a mostrar a progressão da doença e faleceram em 3-4 semanas. Quatro pacientes, também com metástases difusa (geralmente fígado e pulmões), com um status de Karnofsky 40-50%, depois de 48-53 tratamentos, relataram uma melhoria da sua qualidade de vida, mas a progressão do tumor continuou. A experiência até agora conseguida utilizando baixas a médias concentrações de ozono, sugerem que doentes com cancro colorectal, na fase de pré-terminal da doença, não podem ser recuperados mas ainda não está claro se eles já tinham chegado ao ponto de não retorno ou, se uma dosagem de ozonoterapia mais agressiva podia ser capaz de interromper a progressão. Resultou claro que a quimioterapia paliativa realizada durante 1-2 anos, não só não impediu expansão de grandes tumores como diminuiu marcadamente funções vitais. Alguns oncologistas parecem mais preocupados em seguir um protocolo que o paciente e esquecer o mandamento de Hipócrates "nihil nocere". Prof Cesare Maltoni costumava dizer que "é mais importante dar uma boa vida para o dia ao invés de dias horríveis para a vida ".

Assim, uma conclusão preliminar é que sujeitar um paciente pré-terminal resistente à quimioterapia, a ozonoterapia é incorreto porque parece improvável modificar e reverter um sistema biológico profundamente intoxicado e anérgico. Isso é difícil de admitir porque os pacientes, literalmente exaustos pela quimioterapia prolongada e inútil, ficam deprimidos e ansiosos para encontrar um tratamento melhor.

No presente, o momento mais adequado para a realização de ozonoterapia parece ser:
a) Após a cirurgia bem-sucedida em pacientes com a doença residual mínima.
b) Em combinação com o regime de quimioterapia de primeira linha ou radioterapia em casos inoperáveis ou tratados cirurgicamente. Não existem contra-indicações e, na verdade, a melhoria da oxigenação dos tecidos pode potenciar tanto quimioterapia como a radioterapia. Esta é a minha opção preferida que, infelizmente, não é compartilhado pelo oncologista.
c) Além disso a ozonoterapia pode reduzir os efeitos secundários típicos e levar a uma melhor tolerância e resultado.

Nos últimos anos, tenho feito um esforço para explicar que a ozonoterapia, pelo desencadeamento de diferentes mecanismos de acção, pode ser capaz de criar um meio ambiente hostil para células cancerosas (Bocci, 1988c;. Bocci et ai, 2005). Esta é uma nova linha de pensamento indicando que a malignidade de células pode ser domesticada através da utilização de um modificador biológico multiforme. A justificativa da abordagem, um possível tempo de aplicação, quer isoladamente em pacientes com doença residual mínima ou em combinação com tratamentos convencionais foram aqui apresentados com detalhe. Por fim, com base em novos desenvolvimentos, três novas opções foram discutidas e eu ficaria feliz em cooperar com médicos interessados.

Capítulo 9.7
A Síndrome Metabólica e a Ozonoterapia

A síndrome metabólica inclui várias anormalidades metabólicas, das quais a resistência à insulina é uma das principais características. A insuficiência renal crónica (IRC), que será discutida na Secção 9, devido ao stress crónica prejudicial da hemodiálise, inevitavelmente conduz a acelerada aterosclerose para esta síndroma.

Se, pelo menos três dos seguintes cinco traços de diagnóstico estão presentes (e Wilson Grundy, 2003a, b), nós podemos fazer o diagnóstico da síndrome metabólica:

  1. Adiposidade abdominal (circunferência da cintura> 88 cm nas mulheres,> 102 cm para homens).
  2. colesterol-HDL: <50 mg / dl nas mulheres, <40 mg / dl nos homens.
  3. Os triglicerídeos, jejum> 150 mg / dL (1,69 mmol / L)
  4. A pressão arterial: > 130/85 mmHg.
  5. A glicemia de jejum> 110 mg / dl (> 6,1 mmol / L).

A diabetes é uma doença causada por muito pouco da hormona insulina (tipo 1- diabetes, ou diabetes dependente de insulina é uma doença autoimune que afecta cerca de 10% das crianças), ou deficiente uso de insulina do corpo (diabetes tipo-2, ou não-dependentes de insulina , que afeta predominantemente os pacientes de meia-idade e alguns adolescentes obesos).

Nos países ocidentais esta patologia afecta quase 6% da população, metade dos quais não são diagnosticados e, no entanto, o custo anual dos cuidados excedeu 92 biliões USD$ em 1999 (American Diabetes Association). Está se tornando uma espécie de epidemia (Rocchini, 2002), a OMS tem projetado um número de 350 milhões em 2025.

É triste que o número de pessoas morrendo de fome ou subnutridas é três vezes maior do que o superalimentados. Esta situação faz com que a doença seja considerada uma das piores para oser humano pelo sofrimento e o fardo socioeconómico.

Nos EUA, os pacientes diabéticos representam 27% do orçamento Federal de Medicina e o que é pior é que há um milhão de pacientes diabéticos que sofrem de isquemia crónica com úlceras do pé diabético.

Essas úlceras não têm tendência para curar e realmente pode deteriorar-se de forma que os diabéticos contam para 50-70% das amputações não traumáticas anuais (US Department de Saúde e Serviços Humanos).

A hiperglicemia (HG), presente em ambos os tipos de diabetes, causa uma variedade de desarranjos bioquímicos que conduzem a um dano vascular difuso responsável por várias manifestações patológicas.

Há um fervor de estudos com o objetivo primeiro de bloquear ou retardar o aparecimento da diabetes tipo 1, em segundo lugar, identificar os fatores ambientais e genéticos que causam diabetes tipo 2 e em terceiro lugar para sugerir possíveis caminhos para a prevenção ou o adiamento de complicações incapacitantes (Rosen et al., 2001).

O problema fundamental da diabetes é a hiperglicemia, devido à incapacidade de várias sistemas de controlo para manter um nível plasmático da glicemia normal.

A pergunta relevante é: podem as complicações diabéticas serem prevenidas ou atrasadas normalizando a hiperglicemia? Isto pode ser conseguido, pelo menos em parte, se um meticuloso controle da hiperglicemia é mantido com uma dieta adequada, fármacos antidiabético administrados por via oral, administração de insulina, associado com exercício diário e um modo de vida correto.

No entanto, devido a factores genéticos e apesar de um controlo sério, complicações podem ser encontradas até mesmo em pacientes com hiperglicemia transitória e leve. Ao longo dos anos, as seguintes complicações podem-se desenvolver com diferente intensidade e localização.

Anormalidades circulatórias são o denominador comum (Resnick e Howard, 2002) e estão presentes sob a forma de doenças micro e macrovasculares:

  • A retinopatia diabética (com catarata incipiente e glaucoma) é uma causa principal de cegueira em cerca de 85% dos pacientes com idade entre 20-75 anos. Um muito rigoroso controlo da diabetes pode reduzir a incidência e a progressão da retinopatia (Kohner, 2003a; Frank, 2004).
  • Nefropatía diabética ocorre em 20-40% dos pacientes. Quando a taxa de filtragem glomerular é de 15ml / min, há necessidade de diálise, que é outro factor indutor de stresse.
  • Polineuropatia periférica diabética é a principal causa de morbidade (dor e impotência). Doença vascular periférica (DAP) é frequentemente associada com úlceras nos pés infectadas (pé diabético).
  • Aterosclerose acelerada manifesta-se frequentemente com enfarte do miocárdio, acidente vascular cerebral e oclusão vascular com necrose (úlceras do pé diabético), levando à amputação (Jeffcoate e Harding, 2003).
  • Lipodistrofia aparentemente devido à atividade ineficaz da leptina e/ou dismetabolismo ácidos gordos (Petersen et ai, 2002;. Unger, 2002;. Minokoshi et ai, 2002).

Há um amplo consenso de que o denominador comum é representado por um stresse oxidativo crónico devido à prevalência de ROS em oposição a uma depleção dos antioxidantes.

Inicialmente, o stresse oxidativo endógeno é intracelular e implacavelmente causa a degeneração e morte celular. Além da necessidade de corrigir hiperglicemia, afigura-se importante para ajustar o desequilíbrio constante entre oxidantes e antioxidantes e, embora a administração de antioxidantes seja útil, não é suficiente para restaurar a homeostase celular.

Capítulo 9.8
Pode a Ozonoterapia tratar qualquer doença hematológica?

A ozonoterapia, como temos mostrado, é aplicável com resultados positivos, na degeneração macular relacionada à idade, na isquemia crónica e na angina abdominal. Depois de um ciclo inicial incluindo 24 tratamentos em 3 meses (duas vezes por semana), o efeito terapêutico pode ser provavelmente mantido com três tratamentos por mês. A regulação das enzimas antioxidantes e 2,3-difosfoglicerato, é provável de ocorrer durante os primeiros 2 meses, enquanto melhora reológica (a diminuição da pressão arterial é a norma), devido ao reequilíbrio NO/Superoxide pode demorar 2-3 meses.

A ozonização do sangue do paciente deve ser realizada com cuidado, em primeiro lugar, a avaliação da capacidade antioxidante, a fim de empregar a concentração de ozono óptima.

A estratégia usual "ir devagar" é a mais idónea para induzir tolerância ao ozono e o reequilíbrio do sistema redox.

Esta abordagem provavelmente irá diminuir, a frequência da allotransfusion, a gravidade de crises dolorosas vaso-oclusivas em SCA, e irá melhorar o metabolismo e a qualidade de vida.

A terapia da quelação com “Desferrioxamine” deve prosseguir regularmente e, para potenciar a capacidade antioxidante do plasma, devemos prescrever o habitual suplemento antioxidante oral diário uma semana antes de iniciar a terapia.

Hemoglobinopatias são muitas vezes complicadas por infecção crónica de hepatite C e, embora a combinação de interferão alfa e ribavirina seja eficaz (Li et al., 2002), pode também ser reforçada através da Auto-Hemoterapia ozonizada.

O tratamento proposto por médicos de Cuba, insuflação de ozono por via rectal, foi avaliada em coelhos (Bocci et al., 2000) mas, em comparação com Auto-Hemoterapia de estequiometria, é muito aproximado.

Se a ozonoterapia pode ser provadamente útil em hemoglobinopatias, uma reavaliação do percurso RI se justifica também porque o paciente, uma vez devidamente instruídas, pode fazê-lo em casa.

Capítulo 9.9
Pode a Ozonoterapia retardar a progressão do stresse oxidativo em doenças renais e hemodiálise?

Não há dúvida de que tanto a Glomerulonefrite infecciosa ou autoimune bem como as fases finais de insuficiência renal associadas à hemodiálise são caracterizados, a uma extensão diferente, por um desequilíbrio entre os mecanismos pro e antioxidantes.

Já há três décadas, Lindner et al. (1974) observaram uma mais rápida progressão da aterosclerose em hemodiálise de manutenção prolongada. Hoje há uma infinidade de relatórios vinculando a inflamação (daí, o stresse oxidativo crónico) devido a doenças renais e hemodiálise (Knudsen et al, 1989;. Ceballos- Picot et ai., 1996b; Hasselwander e Young, 1998; Witko-Sarsat et al., 1998; Morena et al., 2000; Rousseau et al., 2000; Galli, 2007; Piroddi et al., 2007).

A presença de ROS, AGEs, alcenais, e proteínas de alto peso molecular na circulação explica os distúrbios progressivos agravamento da inflamação e vasculares que levam à doença renal em estágio final. Todos estes mediadores tóxicos com a contribuição das toxinas urémicas e eventos relacionados com a diálise, levam a estabelecer um ciclo vicioso que, se não for interrompido, pode levar à morte do paciente.

A Nefrologia tem várias drogas à sua disposição mas infelizmente, alguns pacientes progridem no sentido da falha renal, provavelmente porque não somos capazes de corrigir o círculo vicioso iniciado e perpetuado por um sistema redox demente.

Além disso, o rim não tem a capacidade regenerativa do fígado e esta é uma das razões para explicar porque muito frequentemente as "Nefropatias carecem de um tratamento específico e progridem implacavelmente para a fase final da insuficiência renal”.

Eu acredito que uma outra razão importante é que a medicina convencional ainda não tem uma estratégia válida para reduzir o stress oxidativo em doenças renais e a Natureza nem sempre é benevolente.

Até agora, ainda não foi reconhecido que a ozonoterapia, não só pode corrigir um stresse oxidativo crónico, mas pode estimular recursos inexplorados capazes de suportar uma recuperação natural.

Em seguida, gostaria de sugerir a combinação de tratamentos convencionais com ozonoterapia em qualquer nefropatia inicial para prevenir o risco de progressão no sentido de uma doença crónica. Isto pode ser facilmente atingido através de 2 auto-hemoterapias por semana.

Seria errado aceitar o conceito de irreversibilidade inevitável de nefropatias principalmente porque não temos ideia dos efeitos farmacológicos do sangue ozonizado sobre a circulação renal, metabolismo e possível libertação de nephropoietins.

Se a combinação terapêutica proposta produzir resultados positivos, seremos capazes, mais tarde, de poupar muitos pacientes e os custos da hemodiálise. No entanto, se o paciente já está a fazer hemodiálise, pode um bem construído programa de ozonoterapia melhorar a qualidade de vida, reduzir a morbidade e, possivelmente, retardar a mortalidade?

Por várias razões, os pacientes submetidos a hemodiálise têm a síndrome metabólica (Seção 9.7), que resulta em complicações vasculares, neuropatias, infecções crónicas de diabetes, e assim por diante, que são mantidas e agravadas pelo stresse oxidativo crónico. A hipótese de que uma leve ozonoterapia poderia ajudar os pacientes, ainda não foi apoiada por dados encorajadores, mas é deve ser prosseguido se não existirem outras alternativas válidas.

Na Unidade de Nefrologia do Hospital Siena, o prof. N. Di Paolo e eu também tivemos a oportunidade de realizar ozonoterapia, em pacientes muito críticos. Os resultados têm sido bons ou excelentes e novamente sem qualquer efeitos adversos (Di Paolo et ai., 2000, 2002).

A descoberta de que nefropatias são progressivamente agravadas por um estado de stresse oxidativo, ainda não controláveis pela medicina convencional, obriga-me a aconselhar vivamente a aplicação da ozonoterapia, quer na fase aguda, crónica e pré-terminal da doença. Espero que os nefrologistas vão endossar essa ideia e testar esta nova abordagem. A possibilidade real de controlar o estado hiperoxidativo e induzir uma sensação de bem-estar são vantagens eloquentes e animadoras. Como transplante renal ainda é incapaz de satisfazer a necessidade global, o que está errado em tentar ajudar pacientes com ozonoterapia? Sinceramente não se pode justificar a aversão da medicina convencional e a negligência das autoridades de saúde, desconsiderando a possibilidade de ajuda benéfica desta abordagem. Permaneço fiel ao conceito de que somente a combinação de tratamentos é a melhor maneira de corrigir os desarranjos multiformes típicos das doenças crónicas.

Capítulo 9.10
A ozonoterapia em doenças dermatológicas

A minha primeiraxperiência com auto-hemoterapia (AHT) ozonizada aconteceu no Instituto Dermatológico da Universidade porque queriam avaliar a ozonoterapia na psoríase, tendo como base um grande sucesso reivindicado por um dermatologista particular.

Foi um fracasso, mas, em retrospectiva, foi útil, porque eu percebi o quanto mau tinha realizado essa experiência com concentrações de ozono muito baixas (provavelmente menos de 5 mcg / ml). Surpreendentemente, depois de cerca de dez tratamentos, um paciente mostrou extraordinária melhoria, outro foi um pouco melhor e três pacientes permaneceram na mesma.

Eles tentaram publicar um artigo, mas foi rejeitado porque não havia controlos com oxigenoterapia. Assim, a minha primeira experiência clínica foi desconcertante e, embora eu ouvisse várias outras histórias de resultados esplêndidos, continuo duvidoso e suponho que o efeito placebo poderia ser responsável por ocasionais melhorias.

Desde aquela época, grandes avanços foram feitos na compreensão dos distúrbios imunológicos que ocorrem em estudos da psoríase e dois estudos mostraram que a administração de modificadores de resposta biológica, isto é, de dois anticorpos: o primeiro contra o TNF-alfa (“etanercept”) e a segunda contra uma função de leucócitos associada a antigen1, LFA-1 (“efalizumab”) produzem uma melhoria notável (embora não definitiva) na maioria dos pacientes (Kupper, 2003).

Nesta base eu ainda vejo uma razão válida para explorar o efeito da ozonoterapia, desde que o estudo seja significativo e seriamente realizado.

Eczema e dermatite atópica (DA) são as outras duas doenças angustiantes, que foram tratados por dermatologistas russos e um ozonoterapeuta alemão. Tem-se afirmado que uma terapia prolongada, utilizando AHT em adultos e insuflação retal de ozono em crianças, tem proporcionado "bom"(?) resultado, mas os dados não foram publicados.

Há um certo número de infecções dermatológicas e queimaduras que foram proveitosamente tratados pela combinação de AHT major e minor, bem como a terapia tópica com gás (quando praticável) ou com água ozonizada e óleo ozonizado.

Porque há uma cornucópia de óleos ozonizados, continua a ser difícil e ainda incerto decidir qual é o óleo com o melhor custo/benefício.

Não há bases racionais para reconhecer a aplicação da ozonoterapia em doenças dermatológicas, tais como psoríase e dermatite atópica. No entanto, a medicina convencional, graças a empresas comerciais de grande dimensão, fez novas drogas interessantes agora disponíveis, que são eficazes, mas não totalmente desprovidas de riscos.

Esta é uma razão porque os dermatologistas se opõem à avaliação da ozonoterapia com a consequente dificuldade de recrutamento de pacientes para estudos clínicos. Além disso, pacientes com estas doenças estão frequentemente muito angustiados e compreensivelmente ansiosos para receber o mais eficaz tratamento imediatamente.

A ozonoterapia pode produzir algum benefício num ritmo lento e os pacientes só aceitam essa possibilidade somente se, pelo menos no período inicial, são assistidos com as drogas tópicas comprovadas.

Por outro lado, a utilização de água e óleo ozonizados, para feridas cronicamente infectadas e úlceras, produz resultados maravilhosos e a medicina convencional terá, mais tarde ou mais cedo, que reconhecer o valor da ozonoterapia nestes problemas dermatológicos, que preocupa tanto diabéticos e pessoas de idade avançada.

Capítulo 9.11
A Ozonoterapia em Doenças Pulmonares

A ozonoterapia ainda não foi testada em doenças pulmonares, provavelmente porque é comummente aceite que respirar ar poluído com ozono é tóxico para o sistema respiratório (Kelly et ai, 1995;.. McConnell et ai, 2002b).

Esta observação diária tem contribuído em grande medida para estabelecer o dogma de que "o ozono é sempre tóxico e não deve ser utilizado em medicina". No entanto, um episódio quase irrelevante que ocorreu há vários anos sugeriu-me que este facto pode ter-nos induzido em erro.

Entre os nossos inúmeros pacientes com DMRI (Degeneração Macular Relacionada à Idade) tratados com Auto-hemoterapia ozonizada (AHT), um deles, com enfisema, disse-nos que, depois de cerca de 14 sessões, a sua dispneia (falta de ar) foi aliviada e poderia caminhar até ao terceiro andar do seu apartamento com pouco esforço.

Senti que o paciente nos tinha dado uma boa indicação clinica e levei o caso para a Unidade de Pneumologia, onde a especialista, Dra. Maria Russo, ficou perplexa com o resultado. Na verdade, num primeiro momento, imaginou que o tratamento para a DMRI fosse baseado na respiração de ozono e a proposta para este tipo de tratamento pareceu-lhe louco.

Depois que expliquei que nós simplesmente ozonizámos o sangue e reinfundimos no paciente, ela tornou-se interessada e corretamente perguntou como o sangue ozonizado poderia melhorar a função pulmonar e a oxigenação. Como estávamos a tratar muitos pacientes DMRI, em seguida, procurámos outros casos. Encontramos mais 2 pacientes, um homem com doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC) e uma “emphysematous woman” , que, após 2 ciclos de tratamento tinha notado uma melhoria no seu desempenho das atividades diárias.

Esta resposta foi subjetiva e poderia ter sido devido a um efeito placebo, mas encorajou-nos a realizar um protocolo. Embora provocando um forte ceticismo, o protocolo foi preparado, apresentado ao Comité de Ética e, depois da revisão, aprovado após cerca de 7 meses. Infelizmente, a saúde da Dra. Russo deteriorou-se (ela tinha uma metastático tumor de mama) e morreu pouco depois, deixando quatro filhos praticamente sozinhos.

Perdemos uma excelente mulher, enérgica, que depois de aceitar a ideia tornou-se entusiasta para tentar esta terapia incomum. O ensaio clínico foi cancelado mas permaneci com a ideia de que, por várias boas razões, a ozonoterapia poderia ser útil nas seguintes doenças: enfisema, DPOC, pulmonar idiopática, fibrose (FPI), síndrome do desconforto respiratório agudo (ARDS), e asma. Eu explico porquê:

Primeiro, a ozonoterapia melhora a oxigenação do sangue em áreas isquémicas. Este não é um efeito direto, porque, embora nós reintroduzíssemos sangue hiperoxigenado (pO2 sobe até 400-500 mmHg), a taxa de infusão é tão pequena (cerca de 15 ml/min, em comparação com um débito cardíaco de cerca de 5L) que a pO2 do sangue venoso atingindo os pulmões é dificilmente alterado.

No entanto, a ozonoterapia aumenta o fornecimento de oxigénio particularmente em tecidos isquémicos e, por conseguinte, melhora as condições metabólicas, pese embora esses achados, como a diminuição da viscosidade sanguínea e aumento do 2,3-DPG níveis em eritrócitos, não tenham sido definitivamente demonstrados.

A segunda possibilidade realista é que os LDPs, presentes no sangue levemente ozonizado, possam aumentar a libertação de vasodilatadores, como prostaciclina, NO e IL-8, enquanto a libertação de endotelina-1 é deprimida (Bocci et ai, 1999 c.; Valacchi e Bocci, 2000).

O terceiro, extremamente importante e com vantagens paradoxais, é a adaptação para os pequenos calculados efeitos terapêuticos do stress oxidativo induzido pela ozonoterapia.

A quarta vantagem é a estimulação suave mas contínua do sistema imunitário que, através do reforço do sistema de defesa, pode conter infecções pulmonares agudas e crónicas, que são frequentes em pacientes com DPOC.

A quinta vantagem é a melhoria frequente de sinestesia, devido a uma estimulação neuro-endócrina abrangente relatado pela maioria dos pacientes.

Todos juntos estas doenças representam a terceira principal causa de morte que, devido para a morbidade e mortalidade, é um dos piores problemas socioeconómicos. Este pode muito bem ser a sexta boa razão para implementar seriamente a ozonoterapia em combinação com terapias convencionais eficazes.

Eu revi um bom estudo clínico, com pressupostos significativos e alguns sinais consideráveis para justificar o uso da ozonoterapia na Asma, DPOC, IPF, ARDS e enfisema. Considera-se que a ozonoterapia pode atuar como um adjuvante sinergético quando combinada à terapia convencional.

A aceitação desta proposta implicará uma redução dos custos saúde e sociais, mas, acima de tudo, uma vida melhor e mais longa para muitos pacientes. É inacreditável e lamentável que as Autoridades Mundiais de Saúde continuem céticas e não ajudar a avaliar a aplicação da ozonoterapia.

Capítulo 9.12
É a Ozonoterapia útil para os problemas de zumbido e perda auditiva súbita (SHL)?

Zumbido (percepção auditiva fantasma) é um problema médico mal compreendido afetando cerca de 40 milhões de americanos (frequentemente homens entre os 65-74 anos de idade), com 12 milhões a serem gravemente afectados. Sons, descritos como toque, zumbido e assobios, foram relatados como unilateral ou similar em ambos os ouvidos.

O zumbido pode ser causado por problemas; no sistema auditivo, neurológicos, vasculares (possivelmente com fluxo turbulento do sangue), sejam infecciosos ou relacionados com a aspirina e drogas citotóxicas, e espasmos musculares. Se a perda de silêncio é permanente, é provável que isso represente deficiência auditiva severa (Lockwood et al., 2002).

Incidência de SHL é de pelo menos 20 casos por 100.000 habitantes por ano e é causado por um distúrbio da microcirculação auditiva, ou uma matriz de infecções virais complicadas, possivelmente, por um processo auto-imune.

Na nossa Universidade, o Dr. De Capua et al. (2001) determinaram que alguns pacientes podem sofrer uma súbita perda auditiva idiopática devido à hipoplasia ou inativação das artérias comunicantes posteriores, na ausência de patologias cérebro vasculares avaliadas pela Doppler transcraniano.

A variedade de abordagens terapêuticas reflete o relativo desconhecimento da síndrome da perda auditiva e zumbido. Na postulação de uma desordem auto-imune, a administração de metotrexato não foi mais eficaz do que o placebo e menos eficaz do que a terapia com prednisona (Harris et al., 2003).

Quando a causa suspeita foi vascular, a aférese de fibrinogénio e LDL pareceu melhorar modestamente a percepção de fala 2 dias após o tratamento (Suckfull, 2002).

Tenho criticado o uso de aférese para melhorar de forma simples e modestamente em pacientes DMRI (Degeneração Macular Relacionada à Idade), porque este é uma técnica invasiva, complexa e cara, quando resultados similares ou até melhores podem ser alcançados através da utilização de drogas orais (Estatinas, etc). Além disso, como esperado, a redução do nível de fibrinogénio é transitório.

Porque tentámos a ozonoterapia e em que medida foi útil?

Familiaridade (fatores genéticos), idade e sexo e um número extremamente variável de causas são responsáveis por zumbido e SHL. Se os defeitos vasculares forem predominantes, deveríamos ter observado uma melhoria em pelo menos alguns pacientes. É no entanto possível que, uma vez que os sintomas apareceram, as lesões são ou já irreversíveis ou não podem ser modificadas pela ozonoterapia. No meu conhecimento, a ozonoterapia não foi avaliada antes nestas patologias e eu estaria grato por trocar informação com quem tenha mais experiência nesta área.

Capítulo 9.13

O paradoxal efeito da ozonoterapia em doenças ortopédicas.

Acredito que na década de 1970, o Dr. Alexander Balkanyi em Zurique foi o primeiro a ter a ideia de injetar pequenas quantidades de ozono em pacientes acometidos por tendinite e dor miofascial (dores posturas incorretas).

Depois dele, vários terapeutas de ozono (Riva Sanseverino, 1989; Verga, 1989; Siemsen, 1995) começaram a tratar a poliartrite aguda e crónica (Osteoartrite do quadril, joelho, articulações interfalangeanas, sacroilíaca, etc.), epicondilite e síndrome do túnel do carpo com insuflação, intra-articular ou peri-articular, de pequenos volumes de O2-O3 (5-10 ml em um ou três sítios com ozono concentrações de 5 a 15 mcg / ml), com resultados muito encorajadores.

Porque a medicina convencional não oferece uma "cura", os pacientes procuram terapias complementares. Com base na fisiopatologia, a ozonoterapia deve ser o último tratamento de realizar, por causa do ozono (um potente oxidante) que uma vez injetado no espaço sinovial pode provocar mais inflamação ou degeneração.

Portanto, é INCRÍVEL que, depois de uma dor inicial, mas tolerável, a ozonoterapia produz grande alívio por um longo tempo. Até agora, inúmeros pacientes foram tratados com ozonoterapia e, não podemos duvidar dos resultados.

Obviamente, o ozono não é um medicamento "milagroso", e devemos tentar entender como o ozono atua no organismo. Isto é outro paradoxo da ozonoterapia! Em várias ocasiões, pedi a cirurgiões ortopédicos para colaborar porque acho que seria interessante examinar o fluido sinovial antes e após a ozonoterapia.

Até agora isso não foi possível, seja porque a maioria dos pacientes são tratados de forma privada ou porque é difícil para recolher amostras. Assim, só posso avançar algumas especulações.

Estas são apenas ideias hipotéticas, que devem ser verificadas durante toda a terapia examinando os fluidos e fragmento bióticos sinoviais para esclarecer estes efeitos paradoxais do ozono. O ozono nunca deixa de nos surpreender!

Ativando mecanismos de defesa naturais, o uso de ozonoterapia surpreendentemente resolve um problema doloroso. Numa base concetual, este resultado não era esperado principalmente porque sabemos que o ozono é um gás muito reativo e potencialmente ofensivo.

Paradoxalmente, pode induzir efeitos benéficos. Ainda temos que percorrer um longo caminho antes de compreender plenamente a sua versatilidade e capacidade, quando utilizado adequadamente, para exibir efeitos biológicos úteis.

Estes resultados devem estimular uma reflexão inteligente dos adversários mais difíceis do uso do ozono na medicina. Seria errado e simplista para acreditar que o ozono tem definitivamente resolvido o problema de “dor lombar” e, de fato novas abordagens, ainda menos invasivas e arriscadas, são continuamente propostas.

Samanta e Beardsley (1999) questionou qual era a melhor maneira de tratar a dor lombar, mas não mencionou a ozonoterapia. Se os cirurgiões ortopédicos lessem este livro e tentassem essa abordagem, podiam obter resultados novos e interessantes, úteis para a ciência e, sobretudo, para os pacientes.

Capítulo 9.14
Ozonoterapia - Uma opção terapêutica para Síndrome de Fadiga Crónica (SFC) e fibromialgia

Ambas as doenças são frustrantes caracterizadas por um número de sinais e sintomas entre os quais destaco fadiga severa e uma síndrome gripal predominam e pacientes profundamente limitados (Natelson, 2001; Wessely, 2001).

SFC também foi nomeado síndrome mononucleose crónica, síndrome crónica de Epstein Barr (EBV), encefalite miálgica e síndrome pós viral sugerindo que a causa inicial da doença foi, acredita-se ser uma infecção viral (Swartz, 1988; Cope et al., 1994).

Apesar do facto de mais de 4.000 trabalhos terem sido publicado sobre o SFC (Joyce et al., 1998), a sua etiologia e patofisiologia permanecem ambíguas, mas não se pode excluir que a SFC é primeiramente acionada por um infecção viral ou bacteriana indefinida ou bacteriana capaz de induzir uma infecção crónica com uma concomitante desregulação imunológica (Caligiuri et ai, 1987;. Landay et al., 1991; No entanto, não podemos dizer se uma infecção primária também é responsável pela perturbação do eixo hipotalâmico-pituitário-supra-renal (HPA), caracterizado por baixo cortisol em circulação, a secreção de neurotransmissores centrais desregulação de (serotonina, opióides, arginina vasopressina) e hormona de crescimento (Parker et al., 2001).

A fibromialgia também tem uma etiologia obscura. Em Itália, é considerada uma doença que causa problemas sócio-económicos consideráveis, uma vez que afecta cerca de seis milhões de pessoas, predominantemente mulheres entre as idades de 25 e 60 anos. A desordem é caracterizada por dor músculo-esquelética, rigidez, fadiga, exaustão e frequente associação com dor de cabeça, sono inquieto, síndrome do intestino irritável.

Um grupo de trabalho criado em 1998 para avaliar a gestão do CFS publicou um relatório em 2001 (Relatório do Grupo de Trabalho, 2001) e atingiu um amplo consenso sobre os efeitos benéficos do GET e CBT. No entanto, Clark et al.(2002) salientou que "nenhuma das abordagens de reabilitação pretende ser curativa, nenhuma abordagem foi encontrado para ser benéfico para todos, e que podem os pacientes ser afetados por má prática de terapeutas com falta compreensão adequada da desordem ".

Este estado de incerteza não ajuda os pacientes e obriga-me a propor a ozonoterapia porque, com poucos recursos, verifiquei calmamente durante alguns anos a produção duma grande, muitas vezes definitiva, melhoria na maioria dos pacientes. Pelo menos em teoria, a ozonoterapia pode corrigir as deficiências mais relevante porque:

  • melhora a circulação sanguínea e o fornecimento de oxigénio aos tecidos isquémicos,
  • corrige a insuficiência/fraqueza devido a uma possível infecção primária,
  • corrige o stresse oxidativo crónico endógeno, através da regulação do sistema antioxidante,
  • induz a libertação de hormonas e neurotransmissores (provavelmente uma onda de serotonina).
  • induz um estado de bem-estar sem efeitos adversos.

A assistência médica tradicional (antidepressivos, corticoides, imunoterapia e fármacos metabólicos) é pouco benéfica e com alguns efeitos secundários em pacientes de SFC. Embora GET e CBT parecem representar uma intervenção eficaz para o SFC, não resolvem inteiramente o problema. Temos sentido o estímulo de avaliar a ozonoterapia porque em outras patologias, a maioria dos pacientes relataram uma sensação de bem-estar.

Este resultado é interessante e só podemos especular que as razões para estes efeitos positivos são, pelo menos em parte, devido a uma restauração das funções hormonais e dos neurotransmissores.

Além disso, a ozonoterapia pode interromper o círculo vicioso devido a um stresse oxidativo crónico e metabolismo muscular demente. Os resultados clínicos até agora obtidos parecem justificar o uso da ozonoterapia é capaz de ativar simultaneamente várias vias metabólicas nestas patologias.

Algumas observações devem ser mantidas em mente para o futuro. Nosso cronograma e o volume de sangue exposto a O2-O3 pode não ter sido óptimo porque a melhora clínica progrediu lentamente. Enquanto insistimos sobre a validade da estratégia de "começar de baixo, vá devagar", que pode ter sido demasiado cauteloso.

A frequência de dois tratamentos por semana parece válida e bem aceite pelos pacientes, mas, embora mantendo um volume de 225 ml de sangue a concentração de ozono de 20 mcg / ml, durante um período de quatro semanas, deve ser aumentada a até 50-60 mcg / ml.

Também pareceu claro que, à priori não podemos fixar um número de tratamentos (digamos 12 ou 16 para ser executado em 1,5 ou 2 meses) porque, compreensivelmente, cada paciente responde de forma diferente à ozonoterapia.

No caso de fibromialgia, as nossos estatísticas são muito escassas em comparação com as relatadas por Loconte (2000) e Cosentino et ai. (2000). O primeiro grupo teve uma resposta completa em cerca de 40% dos pacientes, enquanto Loconte reivindica ter alcançado remissão total em 60% dos pacientes.

No nosso caso, quatro pacientes (80%) tiveram uma excelente resposta provavelmente devido ao nosso programa de tratamento durante muito mais tempo.

Capítulo 9.15
A Ozonoterapia em situações de emergência, antes de transplantes e cirurgias eletivas

Há várias circunstâncias em que a utilização de terapia combinada com ozono e terapias convencionais podem melhorar o prognóstico. Nunca consegui convencer o médico chefe dos cuidados intensivos no hospital de Siena, da utilidade potencial da Auto-hemoterapia ozonizada realizada em baixas concentrações (15-35 mcg / ml de sangue) em pacientes gravemente doentes com veias centrais ou periféricas permanentemente canulados. Ele tem estado mais preocupado com o aspecto legal de usar uma terapia não validada e um tanto controversa, em pacientes de alto risco. Quando visitei hospitais russos, foi-me dito que não se preocupam com isso e usam ozonoterapia para desinfectar traumas de guerra e feridas, queimaduras, lesões de radiação e cirurgia abdominal após perfurações de estômago ou intestinais.

Transplantes

Muitas vezes me pergunto se um paciente à espera de um coração, rim ou fígado, pode aumentar a resistência a infecções e imunosupressão (inevitavelmente ligada à anestesia e cirurgia) se poderia fazer cinco Auto-hemoterapias (AHTs) por semana (em baixas concentrações de ozono: 20-40 mcg / ml) durante pelo menos 2 semanas antes do transplante. Esta estratégia é por demais evidente e pode induzir uma espécie de pré-condicionamento isquémico ou, para usar a linguagem compreensível para a maioria das pessoas, a adaptação ao stress oxidativo crónico, que seria essencial nesses pacientes críticos. Durante o transplante cardíaco, todos os órgãos passam por um síndrome isquémico de reperfusão que, em casos infelizes, podem ter consequências desastrosas, mesmo se a cirurgia for tecnicamente perfeita. A utilização de ozonoterapia profilática, com pouco esforço e despesa, pode melhorar o resultado através da redução do risco de infecções e encurtar a hospitalização. A validade deste conceito foi confirmada pelo meu trabalho em 1996, quando era estabelecida a relevância de induzir uma adaptação ao stresse oxidativo usando a AHT ozonizada. Estudos pré-clínicos demonstraram a eficácia potencial de realizar ozonoterapia pelo menos 2 semanas antes de executar uma grande operação cirúrgica.

Cirurgias ortopédicas

O último ponto vale a pena perseguir envolve as cirurgias agendadas para aplicação de próteses, particularmente implantes de articulações. Em particular, como medida de precaução, cirurgia coxo-femural requer a recolha de 1 ou 2 unidades padrão de sangue do paciente. Debatendo este problema com vários cirurgiões ortopédicos, descobri que estão interessados em avaliar se, realizar pelo menos quatro AHTs ozonizadas (Ozono em baixas concentrações) durante as 2 semanas antes da operação e todos os dias imediatamente após a cirurgia, por 4-5 dias reduziria as complicações, melhorando a cicatrização e o humor do paciente. É frustrante ter ideias que não podem ser executadas devido a qualquer incompetência, cepticismo, falta de fundos e possivelmente acusação. No interesse supremo do paciente, as autoridades de saúde devem tentar melhorar a situação, mas eles permanecem enredados em problemas económicos e políticos.

Capítulo 9.16
Ozonoterapia em Odontologia e Estomatologia

Apesar de o dogma de que "o ozono é sempre tóxico," um novo desenvolvimento tem gerado grande interesse. A cavidade oral normalmente hospeda cerca de 20 g de bactérias comensais, que são bem mantidos em cheque pelo MALT. No entanto, eles podem se tornar patogénicos e são os principais responsáveis pela cárie dental. Conforme relatado na introdução, Dr. E. Fisch (1899-1966) é considerado o primeiro dentista a usar ozono na sua prática e ter mostrado ao Dr. E. Payr (1871-1946) a atividade desinfetante potente do ozono.

Depois de várias discussões com os dentistas, tornou-se claro para mim que eles tem um vasto arsenal para combater infecções orais e dentais (Inaba et al., 1996; Dogan e Qalt, 2001). No entanto, desde 1995, na Alemanha, Filippi e Kirschner usaram água ozonizada sob pressão, como um spray, durante o tratamento dentário e operações cirúrgicas.

Obviamente, há necessidade dum gerador de ozono e um reservatório de água destilada duas vezes, para preparar água ozonizada durante todo o dia, mas isso não é um problema. Dr. Filippi está entusiasmado com esta nova possibilidade e muitas vezes me perguntou porque a água ozonizada funciona tão bem.

O jato de água remove todo material purulento e desinfecta a área. O ozono provavelmente ativa a circulação e pode estimular a produção de citocinas habituais, promovendo o processo de cicatrização. Na verdade Filippi, no 15º Congresso Mundial (IOA, 2001), relataram que a aplicação da água ozonizada na cavidade oral significativamente acelera a cicatrização de feridas em comparação com o tratamento com placebo.

Embora a utilização direta do gás seja proibida, porque nunca se deve respirar ozono, uma recente invenção contornou o problema. A aplicação de ozono como um bom desinfetante em Odontologia não é surpreendente, mas esta é uma nova abordagem.

Em uma série de artigos, o Prof. E. Lynch e seu o grupo (Baysan et al, 2000;. Baysan A. e E. Lynch, "Tratamento de cáries usando um sistema de administração de ozono in vivo ", submetido para publicação) mostrou que as lesões de cárie de raiz primária (PRCLs) podem ser tratados com sucesso com um novo sistema de libertação de ozono capaz de evitar qualquer risco tóxico.

O sistema inclui uma fonte de ozono e uma peça de mão dentária com um copo de silicone removível para expor o dente com lesão ao gás. Fuga de ozono é impedida por um copo ajustado, incluindo uma borda resiliente para selar a borda do copo contra a área afetada do dente. A lesão do dente fica exposta ao ozono durante um período de 10-20 s, com base numa uma baixa concentração (cerca de 4 mcg / ml) e um fluxo de gás de cerca de 600 ml / min.

Este tratamento parece ser suficiente para matar todos os microrganismos presentes no PRCL e ninguém jamais duvidou da potência bactericida do ozono. Particularmente importante é a desnaturação da proteína e de morte dos lactobacilos que, por normalmente agir sobre a glucose, produzem ácido láctico favorecendo a desmineralização dentária.

A superfície dental esterilizada por ozono pode ser rapidamente (cerca de uma hora) remineralizada pelo fosfato de cálcio presente na saliva, tornando-se assim difícil e ainda mais resistentes ao ataque de bactérias durante pelo menos 3 meses.

Mais uma vez, o ozono surpreendeu-nos com novas aplicações úteis em Odontologia e Estomatologia. Os adversários obstinados da ozonoterapia devem considerar que este gás controverso pode ser inteligente e eficientemente aplicado sem aquisição de qualquer efeito colateral.

Capítulo 9.17
A Ozoneterapia em Cosmética

Ironicamente, embora a ozonoterapia possa, eventualmente, ser aceite e utilizada em importantes patologias, em Itália, até recentemente, era conhecida principalmente pela sua aplicação em cosmética. Isto deriva da visão míope de alguns ozonoterapeutas que contribuíram para esta abordagem ser desacreditada. Esta tendência tem sido favorecida durante a última década pela abertura contínua de novos centros de beleza, fazendo grandes lucros. É triste pensar que, ao mesmo tempo todos os dias no mundo um bilhão de pessoas passam fome, quando nos chamados países desenvolvidos uma enorme quantidade de dinheiro está sendo gasto para atrasar o envelhecimento da pele ou mascarar pequenas imperfeições. Desde Janeiro de 2002, após a morte duma mulher, que tinha sido submetida a tratamento com ozono para celulites triviais, o uso de ozonoterapia em centros de beleza, foi corretamente proibida porque foi realizada por técnicos sem qualquer qualificação clinica. A administração subcutânea de ozono em doses excessivas é muito perigosa!

Há dois problemas que afectam principalmente as mulheres que requerem a atenção da maioria dos ozonoterapeutas: o primeiro é o constante aumento da obesidade e, especialmente para razões estéticas, lipomatose localizada; o segundo é paniculite crónica. O primeiro problema pode ser facilmente evitado, na maioria dos casos, com uma dieta adequada e estilo de vida saudável. No entanto, múltipla lipomatose simétrica é uma doença real, encontrada principalmente em homens. Caracteriza-se pela formação de múltiplos lipomas, principalmente presente na nuca (Madelung colar) e no supra clavicular, deltoide e regiões abdominais. No entanto, a maioria das mulheres preocupa-se com as camadas de gordura localizada em torno da pélvis e nas coxas. Este excesso de gordura pode agora ser removido em centros clínicos e estéticos por várias técnicas: cirurgia, mas mais frequente lipoaspiração, carboxiterapia e ozonoterapia.

Eu tenho dito muitas vezes que ozonoterapia deve levar em conta o permanente controlo e manutenção dos geradores, que é crucial e, apenas recentemente, depois de várias advertências, alguns ozonoterapeutas tornaram-se conscientes disso. As autoridades de saúde não entendem e não se preocupam com este problema. Além disso, os geradores de má qualidade, são facilmente afetados por corrosão e, se o ar se mistura com o oxigénio, podem produzir uma mistura muito tóxico contendo NOx. Ao voltar para o tratamento, eu insisto que as injeções de gás devem ser feitas muito lentamente com pouca pressão, tomando cuidado para não ser dentro de uma veia para evitar embolia.

Capítulo 9.18
Poderá a Ozonoterapia representar o “Elixir da Vida”?

Achei melhor terminar este capítulo com uma secção alegre discutindo se o ozono pode qualificar-se como o elixir da vida. Na obra "A Fonte da Juventude", Lucas Cranach pintou um cenário famoso (1546, Museu Berlim), onde pessoas idosas e deficientes, depois de entrar numa piscina, onde se pode tomar banho e nadar numa água mágica, permitiu o rejuvenescimento para iniciar um novo ciclo de vida (Fig. 9.10). O antigo sonho de superar o processo de envelhecimento e estendendo a vida, é hoje mais atual do que nunca, porque pessoas com boa condição, acreditando no poder do dinheiro, têm a esperança de comprar tempo extra para a nossa vida terrestre. É generalizado que a esperança média de vida na Europa aumentou ao longo do último século de uma média de 47 para cerca de 80. O advento das vacinas, antibióticos, anticorpos, drogas anti-aterosclerose, vitaminas, um baixo teor de gordura e dieta de baixas calorias rica em antioxidantes, um regime de exercício físico moderado e evitar a fumar e beber, têm sido os principais fatores para alongar o tempo de vida e melhorar a qualidade de vida.

Durante os últimos 50 anos várias teorias de senescência (envelhecimento ao nível celular) foram formuladas e afigura-se que o envelhecimento pode ser atribuído às seguintes causas:

  • A geração contínua de Espécies Reativas de Oxigénio (ROS) e de Substâncias Lípido Oxidadas (LOPs);
  • A formação de substâncias Advanced Glycosylation End (AGEs);
  • O papel dos genes;
  • O valor do sistema imunitário;
  • A relevância da telomerase;
  • O declínio fisiológico das hormonas circulantes;
  • A Qualidade de Vida.

 

  1. A geração contínua de Espécies Reativas de Oxigénio (ROS) e de Substâncias Lípido Oxidadas (LOPs); Nos anos cinquenta Denham Harman (1956) foi o primeiro a formular a teoria dos radicais livres no envelhecimento. Quando a radiação provoca a geração de radicais livres, avaliando ratos submetidos a radiações, demonstrou um aumento de 30% na expectativa média de vida. Depois de alguns anos, ele também mostrou que as gorduras polinsaturadas na dieta poderiam induzir uma taxa de cancro mais alta nos ratos. Então decidiu estudar o efeito dos antioxidantes exógenos mas ficou desapontado ao perceber que nenhum rato aumentou a vida útil máxima.
    Ingenuamente, ele sugeriu que as mitocôndrias eram possivelmente os produtores de radicais livres submetidos os seus efeitos nocivos porque a antioxidantes administrados não podiam entrar na mitocôndria (Harman, 1972). Embora a comunidade científica tenha sido lenta em aceitar a sua teoria, Harman foi finalmente reconhecido como o pai da teoria dos radicais livres do envelhecimento. De facto mais tarde, outros cientistas (Ames et ai, 1993;. Halliwell, 1994;. Sohal et ai, 2002; Fialkow et al., 2007) têm mostrado que, devido ao facto de que respiremos oxigénio, a mitocôndria humana (complexos I e II) produzem todos os dias, mesmo em repouso, cerca de 5 g de anião superóxido (O2 • -) (Halliwell, 1994) que, depois de dismutação ao H2O2 pode prejudicar a atividade mitocondrial. Torna-se evidente que mesmo uma pequena dose de ozono, se bem calibrado contra os antioxidantes sanguíneos (Bocci et ai., 2009a), pode representar um estimulante metabólico crucial. Quase nem é preciso acrescentar que um desequilíbrio crónico entre radicais livres e o sistema antioxidante de defesa, tal como se manifesta nas diversas patologias (doenças infecciosas crónicas, cancro, diabetes, auto-imunidade, aterosclerose), induz o stresse oxidativo crónico que é sinónimo de envelhecimento acelerado.
  2. A formação de substâncias Advanced Glycosylation End (AGEs); A sua formação, a composição química e a sua atividade deletéria foi já descrito no Capítulo lidar com a síndrome metabólica. Sua progressiva acumulação em tecidos nobres estabelece um ciclo inflamatório severo (Galli, 2007).
  3. O papel dos genes; Não há dúvida de que alguns genes associados a uma boa qualidade de vida são importantes. Numerosos estudos (Brunet et ai, 2004;. Bordone e Guarente, 2005; Salvioli et al., 2008; Marchegiani et al., 2008; Lescai et al., 2009) têm contribuído para avaliar a relevância de alguns genes em senescência. Pessoas centenárias da ilha da Sardenha, bem como outros grupos, foram estudados: enquanto o polimorfismo do gene de citocinas desempenham um papel importante na inflamação, não afectam a esperança de vida.
  4. O valor do sistema imunitário; O sistema imunológico ao longo da vida deve estar pronto para responder mais positivamente ou mais negativamente de tal forma a estímulos nocivos e neutralizar ripristinate homeostasis. É um sistema dinâmico constantemente em autorrenovação onde o compartimento de células T do timo e sofrem alterações com a idade e podem conduzir a auto-imunidade; (Rossio e Goldstein, 1977 Larbi et al., 2008). Não é nenhuma surpresa que o envelhecimento do sistema imunológico tem sido considerado um fator prognóstico para a longevidade humana (Larbi et al., 2008). As Imuno-terapias, como a administração de hormonas do timo (Rossio e Goldstein, 1977), citocinas e até mesmo o uso da vacina, têm sido postulados e em parte avaliados (Weksler et al., 2009), mas nenhuma conclusão definitiva foi alcançada sobre a validade de uma intervenção harmónica e eficaz.
  5. A relevância da telomerase; a descoberta por Hayflick (1973) que as células normais em última análise, perdem a sua capacidade de dividir, tem enfatizado o papel da telomerase. Esta enzima está uma ribonucleoproteína que adiciona repetições teloméricas para a extremidade 3 'do cromossoma para bloquear a degradação de ADN, portanto, para o desaparecimento progressivo de telômeros porque o telômero mais curto é fundamental para a estabilidade cromossómica (Greider e Blackburn, 1985; 1987;. Hermann et ai, 2001). A telomerase é ativa em células imortais, mas que também é encontrada em cerca de 85% de células cancerosas (Kim et al., 1994. Parecia lógico supor que uma persistência prolongada da enzima pode favorecer a longevidade porque a introdução de inversa da telomerase transcriptase (TERT) estendeu a vida útil da célula (Bodmar et al., 1998). Nós devemos avaliar a hipótese se a ozonoterapia pode ativar a atividade TERT para reparar o ADN.
  6. O declínio fisiológico das hormonas circulantes; Praticamente todas as síntese e liberação hormonais diminuem progressivamente depois 30-50 anos de vida com uma diferença significativa entre as hormonas sexuais porque os homens começam um declínio da testosterona após os 60-70 anos de idade (Lamberts et al., 1997). Da 5-7 mg de testosterona por dia, apenas cerca de 2% como 5α-dihidrotestosterona (DHT) é está disponível para a atividade biológica. DHT é responsável pela indução e manutenção dos órgãos sexuais masculinos, características sexuais secundárias e comportamentos frequentemente agressivos (Stocco e McPhaul, 2006). Curiosamente, cerca de 40 ug de testosterona é reduzida à; hormona feminina, estradiol, no tecido adiposo, ossos e cérebro. Este processo não implica feminização no envelhecimento dos homens, portanto, uma reduzida falta de estrogênio, provoca osteoporose, doenças vasculares, resistência à insulina, dislipidemia e deterioração das funções cognitivas, que são típicos marcadores da síndrome metabólica. Nas mulheres, a deficiência relativa de estradiol e progesterona ocorre mais cedo, com a menopausa. A dehidroepiandrosterona (DHEA) sintetizados a partir do colesterol no córtex (zona reticular) da glândula supra-renal, é secretada em níveis elevados no feto, diminui até a puberdade, atinge altos níveis na idade adulta, mas, em seguida, começa a diminuir novamente atingindo níveis negligenciáveis aos 70 (Hornsby, 1995). A hormona do crescimento (hGH) é uma hormona polipéptida produzida na glândula pituitária anterior, com atividades anabolizantes fundamentais. É sintetizado de uma maneira pulsátil ao longo do dia e depois do início do sono. Durante a adolescência hGH é secretado numa média de 700 mg/dia que decresce (cerca de 400 ug /dia) em adultos saudáveis. A insulina é também uma hormona proteica produzida pelas células beta do pâncreas endócrino e a sua secreção é regulada pelo nível de glucose plasmática. Com a exceção de diabetes tanto tipo I e II, seus níveis variáveis ​​são mantidos durante toda a vida. Assim, as atividades hormonais variam durante o dia de acordo com o ritmo circadiano e tendem a diminuir com o envelhecimento.
  7. A Qualidade de Vida. Embora o tempo de vida dos seres humanos tem visto um aumento progressivo durante o século passado, há muitos fatores que podem corroer até ao momento ganhos em saúde. Desnutrição ou má nutrição ou híper nutrição levando a obesidade são prejudiciais à saúde. A diabetes tipo II é muitas vezes associada à obesidade e quase 21 milhões de americanos sofrem do mesmo. Este é um número mínimo porque o número de pessoas obesas na Europa, Ásia e América do Sul aumenta a cada ano. Por outro lado, quase um bilião de pessoas sofrem de falta de compostos nutricionais em quantidade e qualidade e pelo menos um milhão estão morrendo de fome a cada ano. Diabetes não é simplesmente devido à resistência à insulina, mas que está ligada a um estado inflamatório crónico devido a uma presença excessiva de macrófagos que, por libertação de ROS e citoquinas pró-inflamatórias (TNFa, IL-1β), reforçam a resistência à insulina (Brownlee, 2001, 2005; Wei et al., 2008). Doenças vasculares culminam em enfarte do coração, acidente vascular cerebral, isquemia crónica, degeneração macular e cegueira, uremia, polineuropatia e demência. Doenças virais, bacterianas, parasitárias e crónicas, como hepatite B e C, HIV-SIDA, HPV, tuberculose, infecções gastrointestinais, malária, toxoplasmose, listeriose, amebíase, leishmaniose, doença de Chagas e sete doenças tropicais afetam quase dois bilhões de pessoas e surpreendentemente reduzem a esperança de vida útil (Finch, 2009). Além disso, o tabagismo, dependência de drogas e álcool, poluição do ar e da água, têm efeitos negativos e reduzem a sobrevivência (Stewart et al, 2009;. Jerrett et al., 2009; Beaglehole e Bonita, 2009). Finalmente, o cancro é um grande assassino com cerca de 7 milhões de mortes (excluindo os países emergentes) cada ano e com a previsão sombria de 11,5 milhões de mortes em 2030. Em contraste, a vida das pessoas centenárias da ilha da Sardenha, frequentemente pastores e camponeses, é gasto durante todo o ano num lado pacífico do país com ar puro e sem situações stressantes, comem uma modesta dieta mediterrânea suficiente e têm trabalho físico moderado, mas constante. Esta dieta especial contém uma variedade de antioxidantes presentes no azeite virgem, vinho tinto, alho e legumes frescos. Resveratrol, com muitos outros compostos, está presente no vinho tinto e ajuda a justificar o bem conhecido "paradoxo francês". Em geral, a média de vida de toda a população mundial deve ser bem abaixo do registado em Itália de 78-81 (masculino-feminino).

É POSSÍVEL PREVENIR OU RETARDAR O ENVELHECIMENTO ATRAVÉS DE: (I) MÉTODO NATURAL ; (II) MEIOS FARMACOLÓGICOS; (III) HORMONAS ?

(I) MÉTODO NATURAL

Evidências recentes sugerem que reduziR a ingestão de alimentos(-35%) é importante porque atua como um stressor biológico capaz de induzir uma série de respostas metabólicas positivas (Bordone e Guarente, 2005). Durante muito tempo, tem-se provado que em ratos, cães, macacos e humanos, uma dieta equilibrada, com exercício físico diário, significa prolongar significativamente a tempo de vida (Fontana et ai, 2004;. Sinclair, 2005; e Barzilai Bartke, 2009). Além disso, os estudos recentes mostraram que tanto a restrição calórica ou, no oposto, superalimentação, não só têm um impacto positivo ou negativo, respectivamente, sobre o envelhecimento, mas surpreendentemente afetam fatores genéticos críticos para as gerações futuras (Pembrey et al., 2006). Na verdade a vida moderna não permite evitar vários fatores de risco.

(II) MEIOS FARMACOLÓGICOS

a) A administração oral de anti-oxidantes e minerais.

Particularmente em sujeitos com mais idade, a ingestão diária de uma Dose Diária Recomendada (DDR) de antioxidantes, incluindo vitaminas e minerais essenciais (Como Se, Fe, Zn), pode corrigir um possível dieta deficiente. Megadoses são desnecessárias porque são desperdiçados e podem ser tóxicos. Uma exceção notável é representado por ácido ascórbico, que pode ser utilmente administrado por via intravenosa em infecções e cancro (Chen et al., 2005). Um grande número de patentes que descrevem os efeitos benéficos dos antioxidantes têm sido publicadas (Victor et al., 2006) mas, em geral, os resultados são bastante decepcionantes porque o facto essencial é que a regulação positiva endógena de enzimas antioxidantes não é estimulada pelos antioxidantes suplementares. b) Durante a última década, quase todos os meses um novo nutriente suplementar com uma atividade bioquímica diferente, tal como o orotato de L-carnitina, ou os ácidos gordos ômega-3, ou coenzima Q, ou resveratrol é divulgado como uma maravilhosa prevenção para o cancro, doenças cardiovasculares, diabetes, ou desordens imunes. Se for tomado corretamente, eles são úteis, mas eles não representam a "Fonte da juventude".

c) Há cerca de 20 anos atrás a melatonina (N-acetil-5-methoxytriptamine) (Reiter, 1991) um antioxidante natural que regula os ritmos circadianos de vários funções biológicas, foi anunciado como uma "droga maravilha", mas recentemente a sua fama está em declínio.

(III) HORMONAS

Durante as últimas três décadas, a teoria de que o declínio hormonal pode ser uma importante causa de envelhecimento ganhou impulso, com a postulação de que a reposição hormonal pode resultar em rejuvenescimento em idosos frágeis ou em dificuldade. Assim, numerosas hormonas têm sido propostos e testadas variavelmente. No primeiro estudo, a hGH foi utilizada para o tratamento de 12 homens com mais de 60 anos (Rudman et al.,1990).

Embora a hGH não reverter o processo de envelhecimento, uma má interpretação dos resultados clínicos sugeriram que esta hormona pode ser um composto anti-envelhecimento eficaz. De facto, um estudo recente (Liu et al., 2007) examinando 220 participantes tratados com hGH conclui-se que a hormona, causando pequenas alterações na composição corporal e o aumento dos efeitos adversos, não poderia ser recomendado como uma terapia anti-envelhecimento.

Dehidroepiandrosterona (DHEA-sulfato), uma espécie de esteróides mãe, e testosterona, têm sido também apontado como hormonas anti-envelhecimento (Baulieu e Robel, 1998). No entanto, um estudo randomizado controlado envolvendo homens e mulheres idosas que recebem tanto DHEA ou testosterona de baixa dose, não mostraram efeitos benéficos sobre a composição corporal, desempenho físico ou qualidade de vida (Maggio et al., 2008).

Em ambos os pós-menopausa ou mulheres ovariectomizadas, pequenas doses de estrogênio pode produzir alguns benefícios (Melhoria da memória e da relação HDL / LDL), mas se tomado diariamente pode também causar inconvenientes graves como cancro de mama e de pulmão e doenças vasculares (Peterson, 1998;. Chlebowski et al, 2009).

No passado, as experiências realizadas em roedores, usando frequentemente doses de hormonas farmacológicas, tem levado a acreditar na utilidade das hormonas. É incorreto extrapolar resultados aparentemente positivos obtidos nestes modelos não-primatas, para os seres humanos, também porque os roedores têm um padrão hormonal diferente do homem.

Melhorias transitórias da funções mentais ou de atividades sexuais, não são achados consistentes e tratamentos de longo prazo são frequentemente associados com efeitos adversos como diabetes e a hipertrofia prostática. Outro problema é que, a fim de alcançar resultados surpreendentes, os médicos entusiastas tendem a administrar doses de uma única hormona farmacológica, assim, possivelmente perturbando o equilíbrio fisiológico com consequências imprevisíveis.

Com efeito, as doses exógenas e excessivas podem exercer um feedback negativo com a consequente inibição da secreção natural. Foi pensado para resolver este problema, usando cremes ou emplastros de libertação lenta, que pode ser melhor do que a administração oral ou injeção.

A pesquisa para a identificação de uma intervenção segura e não-invasiva para retardar o processo de envelhecimento continua, porque é obviamente importante para melhorar a qualidade de vida e reduzir as despesas de saúde para pessoas idosas. Todos os anos, o programa de teste anti-envelhecimento do Instituto Nacional Americano respetivo, avalia em ratos até cinco compostos com a intenção de descobrir um agente capaz de aumentar o tempo de vida e atrasar o aparecimento da doença relacionada com a idade.

Nesta fase, pode-se perguntar se há qualquer possibilidade de induzir um processo ativo e harmonioso, que possa fisiologicamente estimular todas as funções biológicas de forma a rejuvenescer o organismo ou, pelo menos, para manter um estado saudável. A justificação do prólogo que precede pode ser encontrada na seguinte pergunta: Existe alguma possibilidade de induzir uma liberação harmoniosa e útil de hormonas e como pode isso ser alcançado?

Ao longo do livro, eu relatei que a maioria dos pacientes assinalam uma sensação de euforia e uma sensação de bem-estar após ozonoterapia. Trata-se simplesmente devido à fé neste tratamento clinico (o poder da mente!), em outras palavras, o poder do efeito placebo (Benson e Friedman, 1996), ou o ozono ser capaz de modificar a secreção e ermitir que um libertação metódica de várias hormonas?

Se tivéssemos fundos suficientes para pagar dez voluntários e os testes, nós poderíamos ter respondido a esta questão há muito tempo; de facto não seria muito difícil de avaliar, antes e depois de autohemoterapia ozonizada, o padrão hormonal completo e a circulação no plasma durante todo o dia. Este estudo seria muito esclarecedor e poderia ajudar a entender por que o paciente se sente melhor após os tratamentos de ozonoterapia e para identificar a melhor hora do dia para a executar.

Outra coisa que sempre me intrigou é porque e como a ozonoterapia alivia a dor. É devido a uma liberação de cortisol e/ou prostaciclina ou é a ozonoterapia capaz de melhorar os efeitos de alguns neurotransmissores endógenos, tais como a serotonina e dopamina, semelhante aos efeitos das endorfinas, observada após intensa atividade física (Viru e Tendzegolskis, 1995).

Tem sido postulado (Capítulo 4), que a ozonoterapia pode, paradoxalmente, reforçar as defesas antioxidantes de encontro a um stresse oxidativo transitório e controlado. Nós temos agora uma boa evidência experimental e clínica que esta hipótese está correta.

A possibilidade interessante é que, através da realização de dois breves ciclos (cerca de dez tratamentos por ciclo) de ozonoterapia, cada ano (de março e outubro), podemos ser capazes de retardar o envelhecimento e o que é mais importante, manter-se mentalmente e fisicamente saudável (Bocci et al., 2010b).

No entanto, com base no nosso trabalho em voluntários e experiência pessoal prolongado, não tenho dúvidas em afirmar que o melhor e mais simples método é o uso de saunas com ozono. Se se pode dar ao luxo de comprar uma sauna resistente a ozono, (cerca de 3.000 euros) e um gerador de ozono simples capaz de produzir apenas uma concentração de ozono (20 mcg / ml de gás que, após uma diluição massiva na sauna, vai finalmente dar um máximo de cerca de 0,8 mcg / ml de ozono, absolutamente atóxico para a pele), torna-se livre para fazer um tratamento sempre que for conveniente.

Especialmente durante o inverno, estou ansioso por pelo menos dois tratamentos semanais (possivelmente qiuntas e domingo), com alguns minutos de ajuda por um parente tipo ajustando perfeitamente o isolamento ao redor do pescoço (para absolutamente evitar respirar ozono!) e iniciar a entrega de ozono na câmara, é realmente um prazer sentar dentro confortavelmente sentindo o vapor de água e uma temperatura de cerca 40◦C acariciando a pele.

Então, depois de alguns 25-30 min, um é livre para estabelecer e relaxar numa cama quente para outra meia hora antes de ter um chuveiro e retorno à normalidade. Entretanto, a pele tem absorvido os mensageiros de ozono(LDPs), que obedientemente informam a maioria das células do corpo para acordar e ejuvenescer-se.

Isto é realmente o tratamento terapêutico mais simples e suave capaz de recuperar a maior parte das funções do corpo. De alguma forma, é a materialização do sonho pintado por Lucas Cranack, embora seja um pouco menos poética do que a piscina mágica.

O envelhecimento é um processo multifatorial e, consequentemente, a administração de uma única hormona, enquanto temporariamente benéfica, é pouco provável que seja útil a longo prazo.

Longevidade, e ainda melhor "longevidade livre de deficiência e dependência funcional ", como Hayflick (2000) escreveu, pode ser mais racionalmente alcançado pela repetição anual de um suave, mas paradoxal, tratamento de ozonoterapia, que é provavelmente capaz de reativar simultaneamente várias funções, tais como defesas antioxidantes, funções mediadas por células T, a rede de reparação enzima, uma libertação sustentada e hormonal equilibrada e neuro-transmissora, com benefícios inerentes de mais energia, melhora do humor e memória, prevenção de cancro e aterosclerose e melhora da disponibilidade sexual.

No entanto, para mim, o estado de que o ozono vai representar a "fonte da juventude" eterna e que irá prolongar o tempo de vida por alguns de 15-20 anos, de modo a ter uma década extra de uma vida boa e produtiva, será necessário ter adquirido evidência clínica em pelo menos 10.000 pessoas!

Enquanto desejo que todos tenham uma vida longa e feliz, eu também estou pensando que a Terra já abriga 6,6 mil milhões de pessoas e é muito melhor para dar espaço e oportunidade aos jovens empreendedores em vez de manter muitos quase centenários mumificados.

Durante as últimas três décadas, a sociedade influente tem freneticamente tentado permanecer bela e preservar uma boa saúde para um tempo mais longo. Curiosamente, em algumas aldeias, quase isoladas em áreas rurais do globo, clones de centenários têm sido descritos na literatura médica (Mecocci et al., 2000). Em primeiro lugar, essas pessoas podem graças a seus genes e certamente uma vida mais calma associado a uma dieta moderada.

Depois de tudo, tem sido bem demonstrado que ratos, coelhos e primatas mantidos por toda a vida a uma ingestão calórica baixa, vivem mais que os alimentados ad libitum. A avaliação do perfil metabólico de 18 homens e mulheres que tiveram estado na restrição calórica auto-imposta de 3-15 anos é verdadeiramente notável: ele tem mostrado efeitos benéficos significativos sobre os principais fatores de risco para aterosclerose e uma diminuição da inflamação (Fontana et al., 2004). Yu (1996) também tinha sublinhado a relevância de uma restrição da dieta para reduzir o stress oxidativo e prolongar o tempo de vida.

Hoje podemos tentar prolongar o nosso tempo de vida, com uma dieta moderada e equilibrada, exercício físico diário, um estilo de vida correto, suplementar (mas não excessiva) antioxidantes e, quando necessário, boas drogas para preservar a eficiência do sistema cardiovascular. A prevenção é a chave do sucesso.

A administração exógena de hormonas pode certamente produzir um período ilusório da juventude, mas, no longo prazo, pode ter um efeito bumerangue, porque eles podem ter um efeito negativo. Eu ousaria dizer que para as pessoas seguindo as regras de prevenção, a ozonoterapia pode ser útil porque o ozono detém vários requisitos fundamentais para a manutenção ativa ou revitalizar as funções fisiológicas importantes

Capítulo 9.19
Conclusões Gerais sobre a utilização clínica da Ozonoterapia

Os resultados clínicos até agora disponíveis foram objetivamente discutidos mostrando que a ozonoterapia é muitas vezes mais útil do que os tratamentos convencionais na primeira categoria de doenças tais como:

  1. Osteomielite, empiema pleural, abscesso com fístula, feridas infetadas, escaras, úlceras crónicas, pé diabético e queimaduras.
  2. Doenças isquémicas avançadas (isquemia dos membros posteriores e isquemia. cardíaca, possivelmente também acidente vascular cerebral, quando os pacientes chegam tarde demais para trombose).
  3. Degeneração macular relacionada à idade (forma atrófica), porque a oftalmologia convencional não fornece um tratamento eficaz.
  4. Doenças ortopédicas e osteoartrose localizada.
  5. Síndrome da fadiga crónica e fibromialgia.
  6. Odontologia sobre lesões de cárie de raiz primária, particularmente em crianças.
  7. Estomatologia para infecções crónicas ou recorrentes no interior da cavidade oral.
    Por estas patologias a ozonoterapia é objetivamente uma “droga maravilha".

Numa segunda categoria de doenças, incluindo:

  1. Doenças infecciosas agudas e crónicas, particularmente devido a antibióticos ou resistente à quimioterapia, bactérias, vírus e fungos (hepatite, HIV-SIDA, infecções herpéticas e herpes zoster, infecções por papilomavírus, onicomicose e candidíase, giardíase e criptosporidiose) a ozonoterapia representa um apoio útil.
  2. A fadiga relacionada ao cancro, a ozonoterapia, associada a tratamentos convencionais, pode acelerar e melhorar o resultado. No entanto a ozonoterapia, até ao presente momento, não tem conseguido a “cura” do cancro.

Há uma terceira categoria de patologias sérias tais como:

  1. Doenças auto-imunes (esclerose múltipla, artrite reumatóide, doença de Crohn, psoríase).
  2. Demência senil.
  3. Doenças pulmonares (enfisema, asma, doença pulmonar obstrutiva crónica, fibrose pulmonar idiopática e síndroma de dificuldade respiratória aguda).
  4. Doenças de pele (psoríase e dermatite atópica)
  5. Cancro metastático
  6. Sépsis grave e disfunção de múltiplos órgãos.

Onde a combinação de tratamentos convencionais com a ozonoterapia, pelo menos teoricamente, pode ser útil, mas evidência clínica real está faltando. Se a ozonoterapia com as vantagens de baixo custo e sem efeitos adversos, pode incidir sobre a eficácia dos tratamentos convencionais em vigor, carece ser explorado.

Estou em dúvida, no entanto, como e quando é que vamos ser capazes de realizar essas investigações, em função do total desinteresse das autoridades de saúde, a falta de patrocinadores específicos e o esmagador poder da indústria farmacêutica, que estão apenas interessados na prossecução dos seus objectivos.

Ironicamente, é possível que os países menos desenvolvidos com orçamentos mínimos podem ter interesse na realização de ensaios-piloto que podem dar-nos informações preciosas a respeito da utilidade da ozonoterapia.

Preciso mencionar uma QUARTA categoria de doenças como a retinite pigmentosa, súbita perda de audição e zumbido, onde a ozonoterapia não produz resultados terapêuticos reais.

No entanto, quando a ozonoterapia é aplicada por motivos de compaixão, especialmente em pacientes jovens ou doentes em fase aguda, pode produzir algum benefício que, mesmo temporário, ajuda o paciente.

A tabela a seguir recomenda orientações preliminares sobre as concentrações de ozono no interior a janela terapêutica para ser usado em diferentes patologias com a Auto hemoterapia clássica ozonizada (AHT), duas vezes por semana.

As concentrações de ozono estão lentamente ajustadas não mais de 5 mcg / ml de cada vez, para conseguir a adaptação ao COS em 2-3 semanas. O exame do quadro indica que: em primeiro lugar, a ideia de "mais é melhor" nem sempre é apropriada para o ozono, e a sua concentração deve ser calibrada em relação com as células alvo; em segundo lugar, a frequência do tratamento depende do tipo e estádio da doença: de diária para 2 por semana, até que seja necessário e em terceiro lugar, a necessidade urgente de uma maior experimentação clínica com controles apropriados para gerar dados clínicos definitivos.

Ozone a new Medical Drug capítulo 9 19

Os ensaios clínicos estão a exigir um esforço concertado por parte das autoridades nacionais de medicina e governamentais. A Autoridades Nacional de Saúde, que está sempre a assinalar o aumento dos custos de assistência médica, poderia ter uma vantagem económica se a ozonoterapia fosse generalizada e organizada de forma sistemática em todos os hospitais públicos. Embora eu não tenho dados concretos para apoiar a minha previsão, estou convencido de que o benefício da ozonoterapia superam claramente o seu custo, particularmente para a primeira categoria de doenças acima mencionada.

Num hospital público, como um exemplo, dez enfermeiros, sob a supervisão de um ozonoterapeuta poderiam facilmente realizar ozonoterapia em cerca de 15 pacientes por hora. Como as coisas estão hoje, é deprimente perceber que a ozonoterapia não será aplicada em hospitais públicos por anos para vir privando assim muitos pacientes da possibilidade de restaurar a sua saúde.

Por outro lado, alguns países têm tantos pacientes com tão poucos recursos para tratá-los de que os médicos são, aparentemente, forçados a usar procedimentos como a infusão de solução salina ozonizada ou indiscriminadamente a insuflação retal para todos. Este é um compromisso débil porque dificulta um progresso clinico real.

Capítulo 10
O dilema entre a terapia com oxigénio hiperbárico (TOH) e a ozonoterapia

TOH é mais conhecido do que a ozonoterapia, pois é considerado uma abordagem convencional e é amplamente utilizada nos EUA. Isso explica por que muitos médicos e leigos muitas vezes me perguntam se ozonoterapia é uma espécie de TOH.

Este último é um procedimento clinico pelo qual 100% de oxigénio medicinal (Kindwall, 1993; Tibbles e Edelsberg, 1996; Leach et al., 1998; Cianci, 2004) é entregue 2-3 vezes (usualmente 2,6) à pressão atmosférica (1 atmosfera = 760 mmHg), a nível do mar. Em condições fisiológicas, a este nível com ar normal, o pO2 na espaço alveolar (O2: 14%) é equivalente a 100 mmHg e a pO2 do sangue arterial é de cerca de 98 mmHg; Hb é totalmente saturado para Hb4O8 e há cerca de 0,3 ml por decilitro de O2 solubilizado no plasma.

Tecidos no extracto restante do sangue, em média de cerca de 25% de O2 (isto é, 5-6 ml de O2 / dl), de modo que o sangue venoso tem uma pO2 de cerca de 40 mmHg e Hb4O8, ter libertado, pelo menos, uma molécula de O2, se torna Hb4O6.

Assim, a quantidade de O2 fisicamente dissolvido no plasma é grosseiramente insuficiente para os requisitos dos tecidos e os necessários 5,5 ml de oxigénio derivam de desoxigenação de Hb4O8.

Na câmara hiperbárica, administrar 100% O2 a 3 atmosferas, o O2 solubilizado no plasma é de tanto quanto 6 ml / dl e a Hb é totalmente saturado com oxigénio. Nesta situação, o teor de O2 dissolvido é suficiente para satisfazer os requisitos celulares e Hb4O8 dificilmente liberta qualquer oxigénio.

A descompressão rápida (digamos, de 4-5 para 1-2 atmosferas) faz com que a doença da descompressão devido ao nitrogênio dissolvido em água plasmática, que de repente faz inerte bolhas de gás que causam embolia disseminada.

O mergulhador pode ser salvo se rapidamente colocado na câmara hiperbárica, porque durante a descompressão lenta do azoto está substituído por oxigénio e lentamente expirou enquanto o oxigénio é metabolizado pelos tecidos.

O envenenamento por monóxido de carbono (CO) é uma causa de morte em todo o mundo (Ernst e Zibrak, 1998), devido ao fato de que o CO liga-se a Hb com uma afinidade 240 vezes que o oxigénio.

Na presença de CO, a curva de dissociação oxiemoglobina desloca para esquerda e muda para uma forma mais hiperbólica, com o resultado de libertação prejudicada de oxigénio no nível do tecido, onde o CO também se liga à mioglobina.

A câmara hiperbárica pode salvar o intoxicado, fornecendo oxigénio dissolvido no plasma para os tecidos anóxicos e acelerando a dissociação de COHb: sua meia-vida diminui em cerca de 300 minutos, enquanto o ar é inspirado, a cerca de 20 min com oxigénio hiperbárico a 100%.

Além disso, a TOH permite a dissociação do CO da citocromo C oxidase, melhorando assim o estado de energia celular. A administração imediata de oxigénio normobárico a um paciente intoxicado com CO é certamente útil, porque a meia vida do CO-Hb é apenas cerca de 60 min e a oxigenação dos tecidos é melhorada, mas não é tão eficaz como a TOH.

Existem diferenças fundamentais entre a TOH e a ozonoterapia. Embora a maior parte da mistura de gás é representada por 95-99% de oxigénio, a ozonoterapia não visa oxigenar o sangue diretamente.

Com efeito, com todos os procedimentos (AHT,Eboo, Boex e RI), o pO2 arterial dificilmente aumenta in vivo. No entanto, se o ozono é usado corretamente, tem muitas virtudes: desinfetante e atividades imunomoduladoras (libertação de citocina), o aumento da oferta de oxigénio para o tecido hipóxico através de vasodilatação (NO •, CO) e, possivelmente, um deslocamento da curva de dissociação da HbO2 à direita (A pO2 venosa pode cair para 20 mmHg), a libertação de factores de crescimento (PDGF, TGF-? β1, etc.) aumentando assim a cicatrização dos tecidos, liberação possivelmente hormonal devido a uma súbita mudança homeostática e/ou um efeito de placebo e, mais importante ainda, um generalizada melhoria metabólica com realce da defesa antioxidante.

Outra diferença significativa que induz a ozonoterapia e de alterações metabólicas interligadas de bastante longa duração enquanto que os efeitos da TOH, sendo devido principalmente a uma hiper-concentração de oxigénio transitória, são de duração mais curta.

Curiosamente, um aumento de danos de ADN foi detectado imediatamente no final da primeira TOH, enquanto que nenhum efeito foi encontrado um dia mais tarde (Dennog et al., 1996). Eles também sugeriram a TOH que, sob as mesmas condições, pode aumentar as defesas antioxidantes mas este resultado não é surpreendente.

Esta sugestão é agora apoiada por dados experimentais interessantes (Kim et al., 2001). Cianci (2004) forneceu evidências de que TOH, isto é, uma alta tensão de oxigénio favorece a replicação celular in vitro e cicatrização de feridas in vivo. A constatação de danos de base oxidativa significativa, após os primeiros TOH, reforça a minha convicção de que a ozonoterapia deve sempre começar com uma dose muito baixa seguido por um aumento gradual para minimizar qualquer dano possível.

Uma comparação objectiva da eficácia terapêutica de TOH contra a ozonoterapia não é possível, principalmente porque estudos (RCT’s) válidos de ozonoterapia são poucos e com pouca expressão, enquanto existem muitas publicações que tratam de TOH.

No entanto, embora como muitos como 64 diferentes distúrbios parecia ser melhorada com TOH, na maioria deles a evidência para justificar a sua utilização clínica era insuficiente (Kindwall, 1993). Há sim apenas um artigo comparando parâmetros reológicos (mas a eficácia não clínica) entre TOH e a ozonoterapia: Verrazzo et al. (1995) afirmou que apenas a última abordagem provocou um aumento significativo da capacidade de filtração de eritrócitos e uma diminuição da viscosidade do sangue.

Com base nos nossos dados, estes resultados precisam ser confirmados por uma ozonização racional. Este processo não envolve a membrana celular. Esta afirmação parece ser uma repetição do procedimento anterior de tratamento do sangue com luz ultravioleta, a qual foi uma abordagem extremamente imprecisa.

Na Tabela 10.1, vou tentar resumir as doenças para as quais a TOH e a ozonoterapia são usados e expressar uma opinião, com base na experiência pessoal e não em dados concretos, sobre qual das duas abordagens parece ser mais benéfica.

Pode parecer que sou a favor da ozonoterapia e a razão é que, em algumas infecções, a ozonoterapia é muito eficaz. Na maioria dos casos, podemos aplicar tanto administração parenteral, sob a forma de AHT, Eboo, Boex e RI, e aplicação tópica, ou como uma mistura de gás (ensacamento e insuflação dinâmica) ou água ozonizada e óleo ozonizado.

A combinação favorece um efeito sinérgico incrível, que atua sobre vários alvos. Na verdade isso explica a eficácia da ozonoterapia onde existem vários componentes que atuam simultaneamente (infecção, inflamação, necrose celular, isquemia, dismetabolismo, cura prejudicada, etc.).

Ozone a new Medical Drug capítulo 10

(nota Hot refere-se a Hiperbaric oxygen treatment, no texto diversas referido como TOH)

TOH foi proposto para pacientes com SIDA (Bocci, 1987a) e um estudo posterior mostrou uma melhoria transitória da qualidade de vida (1993, oxigénio hiperbárico terapia para o tratamento da fadiga debilitante associada com o HIV / SIDA, JANAC 4 (3), julho-setembro).

Uma comparação interessante entre o valor terapêutico da TOH e ozonoterapia e administração de ozono intraperitoneal, foi avaliado pela Bulent et ai. (2010). Ratos submetidos a uma pancreatite aguda experimental foram mais bem protegidos por ozonoterapia do que TOH.

Assim, não há dúvida de que a TOH tem um eficácia precisa nas patologias 1 a 5. Em todas as outras, a utilização de TOH não está bem suportado e o risco de transferência da paciente, que muitas vezes vive longe do local da câmara, desencoraja a sua utilização.

O objetivo deste capítulo foi esclarecer que a ozonoterapia é muito versátil, prático, barato, sem efeitos colaterais e bastante benéfica em diversas infeções. Eu gostaria de acreditar que a medicina convencional, ao invés de ser tendenciosa contra a ozonoterapia, simplesmente, não sabem nada sobre a terapia, nem como realizar a terapia.

O leitor pode achar útil a comparação objetiva entre TOH e a ozonoterapia. Na minha opinião, ambas as abordagens são importantes e, basicamente, usar o oxigénio como elemento vital para a manutenção da vida e ativar a cicatrização de feridas.

No entanto, enquanto a TOH utiliza apenas oxigénio sob pressão, a ozonoterapia usa uma dose pequena e precisa de ozono como o composto capaz de gerar mensageiros cruciais para a ativação de várias funções biológicas. Este facto diferencia PROFUNDAMENTE suas aplicações práticas e, a fim de maximizar a sua utilidade, quer a TOH ou a ozonoterapia deve ser usado dentro de seus campos específicos.

Capítulo 11
O futuro ainda incerto da Ozonoterapia na medicina

Neste capítulo final, vou tentar refletir sobre o futuro da ozonoterapia. A poderosa capacidade desinfectante do ozono contra bactérias anaeróbias, foi utilizada durante a 2ª Guerra Mundial mas, nas seis décadas seguintes, não houve progresso, que só veio graças a alguns clinicos, que acreditavam na sua utilidade.

Um grande avanço veio com o trabalho do Dr. H. Wolff (1927-1980) e um cirurgião austríaco, Dr. O. Rokitansky, que, de uma forma empírica, mostrou a eficácia da Autohemoterapia ozonizada, que em muitas vezes evitou amputação do membro em pacientes com isquemia crónica. Contudo a falta de pesquisa básica e ensaios clínicos randomizados tem relegado a ozonoterapia para o campo da medicina alternativa com algumas ideias nebulosas de como o ozono poderia agir.

Enquanto isso, três aspectos negativos surgiram: o primeiro foi a consciência geral que o ozono é um oxidante forte e um gás tóxico para o trato respiratório portanto nunca deve ser respirado.

O segundo foi a relevância dos radicais livres como determinantes do envelhecimento e de várias doenças humanas e o conhecimento de que o ozono é um gerador por excelência de radicais livres. Ainda hoje esta continua a ser a objeção fácil levantadas por cientistas e médicos, que não sabem o progresso que tem sido feito com a bioquímica e farmacologia de qualquer das ROS e ozonoterapia.

Na verdade, existe agora um consenso no papel fisiológico de ROS como sinais cruciais para a proliferação e diferenciação celulares. Enquanto todos os dias um corpo humano hidrolisa cerca de 130 mol de ATP (Ou sobre a quantidade impressionante de quase 70 kg!), permanece incerta a quantidade de peróxido de hidrogénio produzido fisiologicamente no corpo para assumir funções fundamentais metabólicas e de defesa. Assim, a nossa dose de ozono é de apenas um minuto, mas fracção útil para ajudar o organismo!

O terceiro problema surgiu com a propagação da infecção pelo HIV e AIDS devido à a falta de um controlo terapêutico adequado até 1996, quando, finalmente, virologistas perceberam a necessidade de atacar o vírus simultaneamente com uma combinação de diferentes drogas (HAART).

No início dos anos 90, ozonoterapeutas não qualificados, em todo o mundo, começaram a injetar a mistura de gás oxigênio-ozono diretamente na corrente sanguínea, ingenuamente acreditando na possibilidade de desinfectar sangue, como a água suja que flui em um aqueduto.

O pior é que eles exploraram os pacientes desesperados e promtetiam "curar" não levando em consideração o efeito deletério da embolia pulmonar e possivelmente de algumas mortes. Isto foi fácil e correto para a medicina convencional para condenar a ozonoterapia e estes erros imperdoáveis que quase condenaram a ozonoterapia.

No entanto, em Cuba, devido ao embargo e falta de medicamentos, por pura necessidade, um grupo de os médicos empreendedores começaram a usar ozono em várias doenças confirmando que o poderia ser clinicamente útil. Por puro acaso, em 1988, começamos nosso projeto e tentamos desvendar os mecanismos de ação quando o ozono se dissolve no sangue, na esperança de explicar a controvérsia entre os demais adversários e os poucos defensores da ozonoterapia.

Não foi uma tarefa fácil, mas começamos a ver uma luz ao fundo do túnel. Fomos e estamos bem conscientes da toxicidade intrínseca do ozono: qualquer produto químico composto pode ser um fármaco ou uma toxina e percebemos a importância de diferenciar a dose terapêutica de um tóxico.

Hoje temos esclarecido que o OZONO DE DISSOLVE RAPIDAMENTE na água do plasma e fluidos biológicos, REAGE IMEDIATAMENTE COM BIOMOLÉCULAS, GERA MENSAGEIROS CRUCIAIS E DESAPARECE. Sabemos que é evidente que, entre abordagens complementares, a ozonoterapia emergiu como aquela que é bem explicável com conhecimentos bioquímicos, fisiológicos e farmacológico.

Depois de mais de 20 anos, sinto que ideias confusas e erradas foram dissipadas e este livro apresenta o primeiro quadro real abrangente para a compreensão e recomendação da ozonoterapia. Desde 1992, quisemos iniciar as investigações clínicas e percebemos como o ceticismo e desconfiança contra a ozonoterapia foi difundido no meio do mundo académico.

O FDA, por várias boas razões, teve que proibir o uso de ozono nos EUA. No entanto, uma razão era e ainda se baseia o dogma de que "ozono é sempre tóxico e não deve ser utilizado em medicina". Isto é uma ideia absurda e anticientífica e hoje temos um milhão de razões para dizer que é totalmente errado. É decepcionante que alguns cientistas americanos influentes ainda acreditam que é correto.

A decisão da FDA tem influenciado negativamente as autoridades de saúde de outros países e este fato não é surpreendente, porque hoje apenas alguns países super-desenvolvidos têm uma influência dominante (e não necessariamente sempre positiva) sobre os recursos médicos do mundo.

O FDA várias vezes provou estar errado em dar permissão para vender drogas a confiar pacientes. No entanto Russos, Chineses e Cubanos, usam a ozonoterapia em hospitais públicos e recentemente as autoridades de saúde espanholas já têm permitido a ozonoterapia em seis comunidades.

Na Alemanha, esta abordagem é realizada apenas por médicos privados dentro da medicina complementar. Na França e na Inglaterra, mantém-se praticamente desconhecido. Eu ainda tenho que responder a questão do futuro da ozonoterapia na medicina.

Tão lentamente que seguir em frente e explorar esta abordagem em novas doenças, somos surpreendidos ao observar a amplitude da ação de ozono e a falta de toxicidade contra as previsões mais negativas. Infelizmente a falta de recursos e de uma organização internacional eficiente, impedem um rápido progresso de pesquisas básicas e clínicas.

Contudo a descoberta de que, paradoxalmente, a ozonoterapia pode induzir uma adaptação ao stresse oxidativo crónico por regularizar o sistema antioxidante, e favorecer a libertação de proteínas de stresse oxidativo e, provavelmente, de células estaminais, sugerem que o ozono exerce atividades multiformes e tem a capacidade de restaurar a saúde em caso de reativação das funções biológicas destruídas.

Na medida em que a atividade terapêutica é em causa (concisamente resumidos nas conclusões do Capítulo 9), é um assunto complexo e que existem diferenças relevantes dependendo do tipo de patologia.

Na verdade, contra o comentário sarcástico que a ozonoterapia é uma panacéia, temos evidências claras de que para várias doenças, a ozonoterapia representa apenas uma abordagem útil, que deve ser combinada com a terapia convencional para alcançar os melhores resultados.

Por outro lado, como era esperado, a ozonoterapia não foi capaz de produzir um resultado em HIV-SIDA, o cancro, a retinite pigmentosa e zumbido.

Esta é uma boa oportunidade para fazer um apelo para máxima objectividade e honestidade: o ozonoterapeuta competente deve apresentar todas as opções possíveis para o paciente, que tem o direito de escolher o tratamento quando ela / ele é plenamente informado sobre prós e contras de ambos os tratamentos convencionais e não convencionais.

Sheldon (2004) relataram que a Holanda, um país muito liberal e democrático, irá sancionar seis praticantes de medicina complementar após inspetores do governo de saúde terem criticado severamente os tratamentos feitos à brilhante atriz Sylvia Millecam, que morreu de cancro de mama.

Aparentemente, embora o cuidado convencional estivesse disponível, parece que Sylvia foi sequestrada para receber eletroacupuntura, cura pela fé, terapia de sal e cura psíquica, em vez de uma terapia mais adequada que podia ter resultado numa cura ou uma sobrevivência prolongada.

A ozonoterapia tem sido no passado já difamada com o rótulo de charlatanismo perigoso e hoje não merecem esse rótulo. Por outro lado, a ozonoterapia é extremamente válida, muitas vezes mais do que os tratamentos convencionais, em doenças isquémicas vasculares (causados por aterosclerose, diabetes, uremia, tabagismo, etc,) e para a cura de feridas crónicas, cama feridas, úlceras crônicas (pé diabético), queimaduras, fístulas e uma matriz de pele intratável, boca, vaginal e rectal infecções.

A ozonoterapia é o único tratamento que pode restaurar alguma acuidade visual em pacientes com forma de degeneração macular atrófica relacionada com a idade.

Para todas estas infecções, o ozono é uma verdadeira droga "maravilha", e é ainda mais maravilhoso porque é livre de efeitos adversos e, na verdade, capaz de gerar uma sensação de bem-estar e euforia. Ironicamente, o maior percentual de pacientes com estas doenças vive em países obstruindo a ozonoterapia.

Estou absolutamente convencido de que a combinação de ozonoterapia efetuada, quando necessário, com uma aplicação tópica (água ozonizada e óleo), em devido tempo, irá marcar uma revolução clinica. Ainda é difícil prever quando vai acontecer porque o ritmo de nossa pesquisa, em comparação com a medicina oficial apoiada por financiamentos colossais, é muito lento.

William James brilhantemente descreveu as três fases que caracterizam novas teorias. Parece inevitável que, estes erros ocorrem, de vez em quando, nas Ciências:
A nova teoria é atacada e declarada absurda. Estamos nesta fase!
Em seguida, ela é admitida que é verdadeira e óbvia, mas insignificante.
Por fim, reconhece-se a importância real e os seus detratores reclamam as honras de tê-lo descoberto.

Não devemos desanimar e continuar a trabalhar, apesar do antagonismo e a negligência das autoridades sanitárias. Lamento dizer que o prestígio científico das revistas (FRBM e NEJM) não me deu a chance de abrir um diálogo.

Recentemente, a novidade ainda incerta, que o ozono pode ser produzido in vivo, e ser responsável pela aterosclerose tem sido amplamente divulgado, mas a minha primeira palavra afirmando que "o ozono nem sempre é tóxico" não foi publicado até à publicação do meu trabalho (paper) em Toxicologia e Farmacologia Aplicada em 2006.

Da mesma forma, o Boletim da OMS, que deve ser responsável pela saúde de todos, acaba de rejeitar um dos meus comentários recentes, onde, de forma provocativa, eu questionava: "Por que não promover o uso da ozonoterapia"?

O antagonismo das Autoridades de Saúde é responsável por atrasar a aplicação da ozonoterapia para biliões de pacientes e devemos fazer o máximo esforço para quebrar essa situação.

Pode parecer absurdo, mas há uma esperança de que a ozonoterapia possa rapidamente estender-se por todos os hospitais de países pobres ou menos desenvolvidos antes de ser reconhecido como uma ferramenta válida pelas nações mais avançadas.

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