O intestino delgado está alojado no abdómen e completamente solto, pode ter entre 3 a 6 metros de comprimento. Muito poucas pessoas viram o próprio intestino delgado com os próprios olhos. Mesmo durante uma colonoscopia, a maior parte das vezes só se analisa o intestino grosso. Se tivéssemos oportunidade de ver, o que já se consegue com a tecnologia atual, através de pequenas camaras de vídeo que podem ser engolidas, vemos que o nosso intestino é um órgão lustroso como o veludo, húmido, cor-de-rosa e algo delicado. Poucos sabem que só o último metro do intestino delgado tem a ver com as fezes, sendo a extensão anterior surpreendentemente limpa e inodora, ocupando-se daquilo que ingerimos.
O que vemos em primeiro lugar são as dobras. Se não fossem elas, precisávamos dum intestino com o comprimento aproximado de 18 metros (!) para ter uma superfície digestiva suficiente. Em apenas 1 mm quadrado de pele intestinal erguem-se minúsculas vilosidades ao encontro do bolo alimentar. São tão pequenas que mal as conseguimos ver. Ao microscópia as pequenas vilosidades parecem grandes ondas de células.
O nosso sistema digestivo começa na boca e o bolo alimentar vai-se desfazendo até que atinge o intestino delgado, onde ocorrerá a derradeira decomposição. Logo no início há um pequeno buraco na parede que é a papila. Faz lembrar os pontos de saliva que temos na boca, mas é um ligeiramente maior. É através dessa abertura que são lançados os sucos gástricos sobre o bolo alimentar. Assim que ingerimos qualquer alimento, esses sucos são produzidos no fígado ou no pâncreas, sendo depois conduzidos á papila intestinal. Contêm enzimas digestivas e desengordurante tal como os detergentes à venda no supermercado, digerindo as “nódoas” e deixando que estas se dissipem na água.
É exactamente este fenómeno que se passa no intestino delgado. Neste caso, opor comparação são dissolvidos enormes pedações de proteínas, gorduras e hidratos de carbono, de modo a poderem alcançar o sangue através da parede do intestino. Portanto um bocado de maçã transforma-se numa solução nutritiva composta por biliões de moléculas ricas em energia. Para as dissolver e absorver, cada uma dessas moléculas é necessária uma superfície verdadeiramente grande, porque também existem ‘amortecedores’ de segurança para quando apanhamos uma inflamação intestinal ou uma gastroenterite.
Em cada uma das vilosidades minúsculas do intestino, encontra-se um vaso sanguíneo que é alimentado pelas moléculas reabsorvidas. Todos os vasos sanguíneos correm juntos e atravessam o fígado, o qual verifica a nossa alimentação, controlando se há toxinas e substâncias nocivas. Todo o que for perigoso pode ser descartado no fígado antes de entrar no sistema circulatório. Se comemos demasiado é aqui que são criados os primeiros reservatórios de energia. É do fígado que o sangue nutritivo flui diretamente para o coração, sendo também bombeado para todas as células do corpo. Uma molécula de açúcar aterra por exemplo numa célula cutânea do mamilo direito. É absorvida e queimada com oxigénio. Neste processo é libertada energia de modo a manter a célula viva, sendo também produzidos, enquanto subprodutos, calor e pequenas quantidades de água. O mesmo se passa em conjunto com tantas pequenas células ao mesmo tempo, que faz com que a nossa temperatura esteja sempre os 36 e 37 graus centígrados.
O princípio elementar do nosso metabolismo energético é simples: para que uma maçã amadureça, a natureza consome energia. O Ser humano, por seu turno, mastiga a maçã queimando-a depois até ao nível molecular. A energia é daí libertada e é utilizada por nós para viver. Todos os órgãos do sistema digestivo podem fornecer combustível para as nossas células. Também os nossos pulmões não fazem outra coisa que absorver moléculas em cada respiração. Inspirar significa, por assim dizer, absorver alimentos em estado gasoso. Uma boa parte do peso do nosso corpo provém dos átomos inspirados e não apenas dum cachorro quente.
Depositamos portanto energia em todos os nossos órgãos, mas é só no intestino delgado que recebemos alguma coisa de volta. Isso faz com que comer seja uma atividade bastante gratificante. Após a dentada da última refeição não é de esperar de imediato uma resposta energética portanto qualquer impulso de energia. Na verdade, muitas pessoas começam por ficar cansadas. Por essa altura a comida ainda não chegou ao intestino delgado, estando ainda nos preparativos para a digestão. É verdade que já não temos fome porque o estômago se encontra dilatado pela comida, embora estejamos tão fracos como antes da refeição, sendo que para além disso precisamos ainda de reunir forças para misturar e triturar os alimentos. Nesse processo, uma grande quantidade de sangue flui pelos nossos órgãos digestivos. Há muitos cientistas que partem do princípio de que o nosso cérebro fica cansado devido a essa escassa circulação sanguínea.
Talvez o cansaço perturbe o nosso cérebro quando estamos a trabalhar, mas o intestino agradece, pois é quando estamos agradavelmente descontraídos que ele funciona com mais eficiência, já que dispõe de mais energia e o sangue não está cheio das hormonas do stresse. Para uma melhor digestão, portanto, é mais aconselhável ler um livro tranquilamente do que gerir uma empresa.
Resumo retirado da da obra “A vida secreta dos intestinos” de Giulia Enders, adaptado por Centro de Ozonoterapia, para um melhor entendimento sobre o funcionamento do aparelho digestivo, em particular dos intestinos, e a importância que lhe deve ser dada, para melhorar a nossa saúde e por consequência a nossa qualidade de vida. Este texto é dedicado ao intestino delgado e está contido na ‘Estrutura do trato gastrointestinal’ no capitulo 1.> O objetivo é dar, de forma simples as informações essenciais ao entendimento do funcionamento do sitemas digestivo como um todo e da importância de cuidar dos intestinos. No Centro de Ozonoterapia, em Lisboa, ajudamos com tratamentos integrados de hidrocolonterapia (hidroterapia do colon), com ozonoterapia, para limpeza do intestino grosso.
Maria de Lurdes, 73 anos, Lisboa (ÚLCERA, DERMATITE)
Anónimo, 46 anos, Almada (HEPATITE C)
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